Vendaval pode prejudicar áreas da 2ª safra de milho que ainda não foram colhidas

Milho
Foto: Divulgação

Estimativa da área colhida é de aproximadamente 974.088 hectares

Por Izabela Cavalcanti – Jornal O Estado

Mesmo que a colheita já esteja avançada, a 2ª safra de milho ainda pode ser prejudicada pelas condições climáticas de Mato Grosso do Sul. Dessa vez, o vendaval, que nesta semana chegou entre 50 km/h e 85 km/h, pode ser o responsável pelos prejuízos, mesmo que mínimos.

Segundo o coordenador técnico da Aprosojas-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), Gabriel Balta, quando ocorre ventania no período de colheita pode ocasionar o tombamento do milho. 

“Ventania quando ocorre em período de colheita, ocasiona o tombamento da planta. Não é algo que se perde em si. Tem mecanismos para levantar o milho e colher. O dano é mínimo e o produtor sempre acha um modo para se recuperar desse prejuízo”, destaca. 

Conforme o último levantamento feito pelo projeto Siga- -MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), da Aprosoja, a região norte está com a colheita mais avançada, com média de 94,8%, ao passo que a região sul está com 42,5% e a região central com 41,5%, de média. A estimativa da área colhida até o momento é de, aproximadamente, 974.088,00 hectares. 

“A gente já pode ter uma impressão de que esse dano foi mais localizado na região sul do Estado. Na região norte já está praticamente finalizado a colheita. O momento agora é aguardar sessar esse clima chuvoso. Nossos técnicos vão estar em campo levantando os dados junto com o produtor”, completa Balta. 

Segundo explica o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Cesar Ajala Ximenes, quando o milho está na fase final, fica mais sensível a algum tipo de dano, como no caso dos ventos. 

“Com certeza pode prejudicar, porque o milho na fase final perde toda a resistência do solo e fica sensível, com o vento pode chegar a tombar”, destaca. 

O presidente do sindicato de Maracaju, Fábio Olegário Caminha, destaca que, em razão de a colheita já estar bem desenvolvida, a chuva não é a principal preocupação neste momento. 

“Para a lavoura de milho, as chuvas nessa altura do campeonato já não tem tanto impacto. Gera um problema operacional,porque tira as máquinas do campo, as colhedeiras não conseguem colher, então acaba atrasando um pouco a colheita”, pontua Olegário.

“O que temos de relatos aqui na região é de que algumas rajadas de ventos que tiveram fazem com que o milho deite, dificultando a colheita e acarretando algum prejuízo”, completa. 

Estimativa

Ainda conforme o boletim agropecuário, a estimativa para o milho 2ª safra 2021/2022 é de área de 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação à área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas. 

Em relação às chuvas, segundo o meteorologista Natálio Abrahão, entre quarta e quinta- -feira, a média acumulada de chuva foi de 73,6 milímetros.

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