Queda do PIB do agro indica necessidade de apoio ao setor

Imagem ilustrativa/Agência Brasil
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Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), salienta ser necessário adotar medidas capazes de evitar danos maiores à agropecuária. Lembra que o Plano Safra 2021/2022, lançado pelo Governo Federal em 22 de junho último, prevê aporte de R$ 251,2 bilhões, apenas 6,3% a mais do que os R$ 236,3 bilhões do anterior.

As principais preocupações recaem sobre o crédito rural e política de apoio ao seguro rural. “Os recursos disponibilizados com taxas de juros controladasnão atenderam à demanda total e muitos produtores tiveram de recorrer ao crédito bancário com taxas de juros livres, o que é problemático, principalmente neste momento em que os juros encontram-se em patamares mais elevados”, pondera Meirelles.

Outra preocupação é seguro rural, instrumento fundamental diante da variabilidade climática, que teve seu orçamento diminuído pelo Governo Federal para o ciclo 2021/22.

Considerando essa questão e o grave impacto das intempéries, o presidente da Faesp já havia enviado ofícios às instituições financeiras, solicitando tratamento especial aos produtores. “Agora, diante da queda do PIB setorial, reiteramos a necessidade dessas medidas”, frisa Meirelles.

Às instituições financeiras e cooperativas de crédito, foram solicitadas a prorrogação de contratos realizados por parte dos produtores paulistas e que estejam próximos do vencimento e/ou ampliação dos prazos e do parcelamento de pagamento e entrega dos produtos.

De acordo com Meirelles, os prejuízos provocados pelas geadas abrangem perdas individuais de até 100% da lavoura de alguns produtores. Além disso, os fenômenos climáticos foram agravados pela ocorrência de grandes incêndios, vendavais e demais intempéries, limitando completamente, em alguns casos, a capacidade de liquidação das obrigações contratadas. “Tudo isso está por trás dessa queda do PIB setorial”, avalia.

A seca, as geadas, o frio intenso, os incêndios e a crise hídrica, além dos problemas gerados pela pandemia, estão entre as causas da queda de 8% do PIB do agronegócio no terceiro trimestre, na comparação com o imediatamente anterior, anunciado pelo IBGE.

Com informações: Agrolink

 

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