Produção de Carbono Neutro em MS deve saltar para 2,3 milhões de metros cúbicos por dia em 2027

Foto: Divulgação/Semagro
Foto: Divulgação/Semagro

Nesta semana, Mato Grosso do Sul e mais cinco unidades da federação foram inseridos no programa de medidas de incentivo à produção e ao uso sustentável do biometano do Governo federal. A ideia do governo é implantar 25 novas plantas distribuídas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A produção deve saltar de 400 mil metros cúbicos por dia para 2,3 milhões de metros cúbicos por dia em 2027, suficiente para abastecer mais de 900 mil veículos leves por ano. Além disso, serão evitadas as emissões de quase 2 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, o que corresponde ao plantio de 14 milhões de árvores em termos de captura de carbono.

O combustível renovável é obtido pela purificação do biogás e pode substituir os combustíveis fósseis. A produção de biogás na suinocultura a bioleletricidade que sai das usinas sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul deram destaque ao Estado em relação ao carbono neutro.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), lembrou que o governo federal brasileiro assumiu durante a COP-26 – conferência das Nações Unidas para mudanças climáticas, uma série de compromissos, um deles é a redução de 30% das emissões de metano até 2030.

“A estratégia federal de incentivo ao uso sustentável do biogás e do biometano é uma referência extremamente positiva ao Mato Grosso do Sul, já que vínhamos trabalhando no incentivo a essas atividades em implantar o Estado Carbono Neutro”, relembrou.

Foto: Assessoria/Semagro

Entre as vantagens do programa federal, o secretário citou a redução e suspensão da cobrança de Pis (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) pra aquisição de máquinas, equipamentos, materiais de construção relativos a instalação de usinas de biogás e biometano

“No caso de Mato Grosso do Sul nós recentemente demonstramos a importância que o biogás e o biometano gerado através da suinocultura tem na energia limpa. Mas o projeto é um pouco mais amplo. Por isso vejo que a grande oportunidade em termos de dimensão de avançar na questão da utilização dos resíduos da suinocultura, que se expande rapidamente”, salientou.

Outro setor com grande potencial para o programa é a cadeia do setor sucroenergético. “As usinas de cana já estão gerando gás através da vinhaça. Nós conseguimos gerar o biogás que vai direto a produção de energia elétrica através das turbinas. Ou ainda poderá ser transformado em metano. Então o grande potencial disponível que nós temos em MS é exatamente dentro da cadeia do sucroenergético”, acrescentou Jaime Verruck.

Novas frentes

Além da suinocultura e do setor sucroenergético, o titular da Semagro apontou novos caminhos para a sustentabilidade. “Podemos avançar no tratamento de resíduos e esgoto. Eu acho que esse também é um potencial e os resíduos de aterro sanitário”, exemplificou. O secretário ainda destacou quais as ações que serão tomadas pelo Estado em relação ao programa nacional.

“Vamos focar nesse momento na suinocultura. O segundo passo é implantar e expandir a produção de biogás do setor sucroenergético. Já tem um programa excepcional que é o RenovaBio e também a geração de resíduos de esgoto”.

Com informações da assessoria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *