Após o feriado de Carnaval, as indústrias frigoríficas demonstraram pouco ímpeto nas compras de boiadas gordas, o que deu força a pressão baixista sobre a arroba, relata a Agrifatto. Tal cenário, diz a consultoria, deve persistir ao longo do restante de fevereiro/24, já que o período final de cada mês é marcado pela queda de renda dos trabalhadores, que reduzem a procura pela carne bovina, preferindo proteínas mais baratas, como o frango.
“As tentativas de redução de preço do boi gordo têm começado a surtir o efeito desejado pelas indústrias”, afirma a Agrifatto, acrescentando que as programações de abate avançaram nos últimos dias e, com isso, “continuam confortáveis”. Segundo a consultoria, após o feriado prolongado, o preço do boi gordo seguiu praticamente estável em São Paulo, com frigoríficos locais menos ativos na compra de bovinos terminados, priorizando lotes pequenos e preenchendo as escalas, que ficaram na casa de 10 dias úteis no Estado.
“Quase todas as praças pecuárias do Brasil registraram quedas mais intensas que São Paulo, com destaque para Minas Gerais, que computou um recuo de 2,19% no preço do boi gordo no comparativo semanal”, observa a Agrifatto. Ontem (19/2), pelos dados da Scot Consultoria, o quadro foi de estabilidade nas praças paulistas. Com isso, o boi gordo segue valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 210/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo).
O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, informa a Scot. Na visão da Agrifatto, como já mencionado, o escoamento da carne bovina no mercado doméstico deve perder tração nos próximos dias e a pressão baixista sobre arroba do boi pode ganhar força.
“O avanço das escalas e pouco ímpeto dos negócios pode deixar a semana mais desafiadora (para os pecuaristas)”, reforça a consultoria.
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