Governo incentiva o uso de pó de rocha diante das dificuldades da importação de fertilizantes

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Diante da dificuldade de importação de fertilizantes vindo da Russia devido a guerra, o Estado encontrou uma alternativa sustentável e mais econômica que tem sido defendida pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e já está sendo comercializada, que é trocar a química pela rocha.

A alternativa é substituir os fertilizantes químicos por pó de rocha. O MS está dentre os Estado que destaca já que a remineralização dos solos com o calcário é uma alternativa ao uso de fertilizantes químicos.

O tema foi debatido em um evento que reuniu especialistas na sede do IMASUL, nesta última semana.

O secretário ainda destacou que o produto tem um custo barato e genuinamente nacional. Os estados do Centro-Oeste são os que mais estão usando esse produto hoje, e Mato Grosso do Sul com atração de pelo menos três mineradoras neste segmento é destaque.

“Estamos vendo a dificuldade de importar estes fertilizantes, devido a embargos aos países que estão em guerra (Ucrânia / Rússia) e, principalmente, o alto custo de importação. Para não sofrer com a dependência desse tipo de insumo altamente solúvel (NPK), o uso de remineralizadores (conforme princípios da tecnologia da rochagem), passa a configurar se como uma alternativa viável (ou nova rota tecnológica), que auxiliará na redução de usos de produtos químicos, na dependência externa e na remineralização dos solos, por meio da adição de multinutrientes (derivados das rochas), o que facilitará a recuperação e renovação do solo”, ressaltou JaimeVerruck.

As pesquisas desenvolvidas na UnB, e confirmadas por outros pesquisadores brasileiros, mostram que os custos de aquisição de pó de rocha são muito menores do que o dos insumos importados (cerca de 20 a 30% do valor dos insumos convencionais). Seu efeito pode se estender por até quatro ou cinco anos consecutivos (disponibilização lenta dos nutrientes); os níveis de fertilidade são crescentes e resultados positivos ainda são observáveis até cinco anos após a aplicação dos remineralizadores; a produtividade mostra-se equivalente ou superior às obtidas pela fertilização convencional.

Em alguns casos, o rendimento pode ser até 30% superior do que o obtido com insumos químicos; as culturas agrícolas de ciclo longo (cana-de-açúcar/mandioca) e espécies florestais apresentam melhor desempenho, porque as plantas se utilizam por mais tempo dos nutrientes disponibilizados na medida da necessidade do crescimento delas.

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