Com matriz em São Gabriel D’Oeste e filiais em Dourados (MS) e Humaitá (RS), a AGM Trade Cereais Ltda entrou em recuperação judicial em função de dívidas que somam mais de R$ 170 milhões. Os principais credores são produtores de grãos, que venderam a safra por intermédio da corretora.
O processo de recuperação judicial já está tramitando na Vara de Falências, Recuperações, Insolvência e Cartas Precatórias Cível, em Campo Grande, desde 10 de março passado.
Ações de cobrança ajuizadas contra a empresa e negativação em órgãos de proteção o crédito permanecerão suspensas por 180 dias, conforme decisão do juiz José Henrique Neiva de Carvalho.
Já o plano de recuperação judicial deverá ser apresentado no prazo de 60 dias, contado a partir do dia 10 de março passado.
Para a realização do levantamento técnico e financeiro das reais condições da AGM Trade Cereais foi nomeada a empresa Cury Sociedade Individual de Advocacia, que já apresentou em juízo o laudo de constatação preliminar e o Relatório Mensal de Atividades (RMA) referente a fevereiro deste ano.
Crescimento
A empresa vinha numa crescente de comercialização e faturamento desde a sua constituição, em 2004. Nos últimos 12 meses, a comercialização de grãos foi em torno de 390.000 toneladas – 101 mil de soja e 289 mil de milho.
O faturamento aproximado foi de R$ 852 milhões – “valores demonstrados junto a Receita Federal e auditados pela contabilidade”, informou a empresa nos autos por meio de seus advogados.
No pedido feito ao Judiciário, eles argumentaram que a medida é necessária para que os credores não provoquem “o vencimento antecipado de, aproximadamente, R$ 170 milhões em dívidas e a consequente corrida atrás do caixa e demais ativos de uma empresa sólida e próspera”, o que a colocaria em “situação pré-falimentar”.
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Por isso que as cooperativas estão dominando .