Barreira sanitária e arco de desinfecção são ações de prevenção a gripe aviária em Corumbá

barreira sanitária
Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Fiscalizações sanitárias em pontos estratégicos e barreiras volantes em estradas foram intensificadas na fronteira de Corumbá com a Bolívia, para tentar barrar a entrada da gripe aviária no município. Além disso, a partir de ontem (09), um arco de desinfecção foi montado no Posto Esdras como mais uma ação estratégica.

De acordo com o representante da Associação Estadual de Avicultura e coordenador da Comissão Nacional de Aves e Suínos  da CNA (Confederação Nacional de Agricultura), Adroaldo Hoffmann, o arco sanitário já é uma prática usual nas granjas brasileiras, para o controle sanitário de caminhões que chegam nas propriedades. “A ideia é reforçar essa fiscalização com mais essa barreira sanitária, de fácil manuseio, começando por Corumbá, na área de fronteira, dando total apoio aos fiscais que realizam a fiscalização”, disse em reportagem do portal Diário Corumbaense.

Ele ainda explicou que o arco de desinfecção serve para desinfetar caminhões, carros e outros veículos que passaram por regiões da Bolívia, onde houve registro de gripe aviária. “O desinfetante, que não é corrosivo, não faz mal à saúde e nem causa danos ao veículo, pelo contrário, vai ajudar no controle para que a gripe aviária não entre no Brasil”.

Funcionamento

O arco de desinfecção, foi uma doação das Associações de Avicultura de Mato Grosso do Sul para a região de fronteira entre Corumbá e a Bolívia. Órgãos como Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) em parceria com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), são os responsáveis por controlar os veículos que cruzarem a fronteira entre os dois países, que deverão passar pelo arco da desinfecção.

Apenas os veículos que vieram da fronteira devem passar pelo arco de desinfecção, e eles devem ser rastreados para as outras pessoas que passam pelo local, pelos órgãos responsáveis. O foco é principalmente veículos que realizam comércio entre Brasil e Bolívia de animais e aves.

“Ave migratória não tem controle, existe o risco sim”, salientou Hoffmann adiantando que o arco ficará disponível para qualquer situação que ocorra na área de fronteira. Além disso, equipe da Iagro segue no Posto Esdras abordando viajantes que cruzam a fronteira. Mercadorias e produtos de origem animal e vegetal, como batata, banana, queijo, leite, ovos, carnes, entre outros, são aprendidos e incinerados. A equipe tem apoio de policiais militares.

A doença

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus, e que pode afetar a saúde de aves domésticas e silvestres. Não há risco de contaminação pelo consumo da carne ou de ovos. Até este momento, o vírus mais infeccioso e letal, chamado de alta patogenicidade, ainda não foi detectado no nosso país.

Na Bolívia houve registro de gripe aviária, além de países como Argentina e Uruguai. O Brasil nunca registrou caso da doença. A “influenza aviária’ é viral e atinge aves domésticas e silvestres, com alto nível de contágio. Apesar de casos registrados em humanos, ela não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos.

Nas aves, a doença afeta grande quantidade de animais e provoca mortalidade elevada. Os principais sinais clínicos observados são falta de coordenação motora, torcicolo, dificuldade em respirar e intensa diarreia. Qualquer cidadão que encontrar aves com esses sintomas pode notificar a vigilância por meio do site e-Sisbravet ou nos escritórios locais de serviços veterinários oficiais.

De acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais, além do reforço das medidas de biossegurança nas granjas pelos produtores, com o objetivo de detectar rapidamente o eventual ingresso da doença no país e mitigar os riscos de sua disseminação.

A orientação do governo federal é para que produtores rurais, técnicos agrícolas e criadores fiquem alertas para as aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves de vida livre. Caso avistar aves silvestres caídas ou mortas, não mexa e informe à Iagro mais próxima, acessando a lista de telefones das unidades locais de cada município ou pelo 0800 0679 120.

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