Abertura de novos mercados no Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia

Boi vaca
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

Brasil vai exportar farelo de milho, fonte proteica para ração animal

O Brasil exportará derivados da produção de etanol de milho. A conquista da abertura do novo mercado para os produtos brasileiros ressalta as boas relações diplomáticas brasileiras e o coloca como um importante player no mercado global.

O governo brasileiro confirmou, na última semana, a abertura dos mercados de Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho, tecnicamente chamado de DDG (distiller’s dried grains/grãos secos por destilação) ou DDGS (distiller’s dried grains with solubles/ grãos secos por destilação com solúveis).

Os DDGS/DDG são gerados a partir da produção do etanol do milho na segunda safra. O insumo é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal (de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão).

De acordo com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), as projeções indicam que até 2031/2032, a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.

A abertura dos novos mercados, que reforça o comprometimento do país em fortalecer o agronegócio e ampliar a oferta de insumo para a produção de proteína animal, é resultado dos esforços conjuntos entre o MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) e o MRE (Ministério das Relações Exteriores).

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º). Cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol, que é realizada com o milho de segunda safra. A “safrinha” é plantada na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, e não demanda terra adicional para ser cultivada, o que reduz significativamente a emissão de gás carbônico.

Pelas métricas do governo brasileiro, o etanol de milho tem uma das pegadas mais baixas dentre todas as usinas de etanol do Brasil (cerca de 17gCO2/MJ).

Segundo o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção de milho total esperada para o cereal na safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas. Estima-se que 38 milhões de toneladas do cereal serão exportadas pelo país.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *