Circuito Brasileiro começa no Rio de Janeiro sem público e cercado de cuidados contra a COVID-19
O vôlei de praia nacional volta oficialmente depois de seis meses. A primeira etapa do Circuito Brasileiro Open temporada 2020/2021 começa hoje (17), com a disputa da fase classificatória do torneio feminino. Com a previsão de rígido protocolo de segurança anunciado pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), os jogos serão todos no CDV (Centro de Desenvolvimento de Voleibol ), em Saquarema (RJ).
À reportagem, as sul-mato-grossenses Talita Antunes e Victoria Lopes esperam um torneio diferente, principalmente pela proibição de torcida no local. Para evitar aglomeração, as mulheres entram em quadra primeiro, de hoje até o domingo (20). Na semana seguinte é a vez dos homens.
A temporada 2019/2020 foi encerrada prematuramente devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. Assim, as últimas duas etapas foram canceladas e, pela competição nacional, o torneio em Aracaju (SE), realizado no começo de março, foi a disputa derradeira. Em solo aracajuense, Talita, ao lado da carioca Carolina, subiu ao pódio, em que foi segundo lugar, ao perder a decisão para Ana Patrícia (MG), e Rebecca (CE).
A aquidauanense que mora e treina na capital fluminense se sente segura para entrar em quadra a partir de amanhã (18), já pela fase principal. “A CBV tomou todos os cuidados, faremos testes, será um número menor de atletas e acredito que dará tudo certo”, comentou Talita, que é filiada por Alagoas, em entrevista por e-mail, na segunda-feira. Sua dupla é a cabeça de chave 3 neste começo de temporada.
“Acho que nesse momento é fundamental ter todo cuidado possível, será um torneio diferente. O Renatinho não vai,com a restrição do número de pessoas para entrar no CDV, não seria possível levar”, adiantou Talita, sobre seu filho, sempre presente nas etapas, inclusive a tiracolo no pódio.
Questionada se durante o período sem disputas, chegou a vir para Mato Grosso do Sul e rever os familiares, disse que não foi possível. “Ficamos em casa direto, apesar de estar sentindo muita falta”, respondeu a jogadora que completou 38 anos em 29 de agosto.
Se acredita que as etapas voltarão a ser “como eram”, em cidades diferentes, com público, evita arriscar uma data. “Gostaria muito que tudo voltasse ao normal o mais rápido possível, mas enquanto não tiver uma vacina, acho difícil ter um torneio com público, até para preservar todos”, argumenta.
Preocupações à parte, não vê a hora de começar a etapa desta semana. Vale a máxima, jogo é jogo, treino é treino? “Estou com muita saudade de jogar, sentir aquela adrenalina. Sempre, jogo é jogo, mas o treino é muito importante para estarmos preparadas”, receita a atleta com três participações olímpicas na carreira.
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(Texto: Luciano Shakihama)