Nem mesmo a pandemia e os períodos de isolamento social, com restrições de circulação de pessoas, abertura do comércio e venda de bebidas alcoólicas, foi capaz de impedir os assassinatos em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), os casos de homicídio se igualaram aos registrados em nível estadual em 2019. Na Capital, contudo, a situação preocupa: os assassinatos dobraram.
De acordo com os números, no período entre 13 de março, quando a COVID-19 passou a ser preocupação do governo do Estado, até o último domingo (23), foram 175 casos de homicídio registrados nas delegacias sul-mato-grossenses. No ano passado, no mesmo recorte, foram 176. Chama a atenção o fato de que grande parte do número deste ano foi registrado em abril. No meio do período mais intensivo das medidas restritivas, o mês registrou 43 assassinatos, o maior até aqui no ano. Em 2019 foram 27. Desde março, a tendência de alta se registrou em maio (38 casos em 2020 e 33 no ano passado) e julho (32 em 2020 e 29 em 2019).
E se engana quem pensa que a violência da fronteira e outros fatores são primordiais para a impulsão dos dados. É na Capital que os assassinatos se intensificaram. Segundo os dados, foram 52 casos registrados durante o período pandêmico neste ano, ante 24 em 2019. As restrições em virtude do coronavírus não impediram Campo Grande de registrar mais homicídios em todos os meses desde então na comparação com o ano passado.
Confira a reportagem completa e outras notícias na Edição Digital do Jornal O Estado MS
(Texto: Rafael Ribeiro)