Em decorrência do avanço da pandemia na Capital, a prefeitura está tentando aumentar o número de leitos clínicos e de UTI (Unidade Terapia Intensiva) e uma das estratégias é contratualizar em hospitais privados. Atualmente, Campo Grande tem 494 leitos públicos, filantrópicos e privados para atender os pacientes de COVID-19.

Deste total, 116 são da rede privada, que conta com 43 leitos de UTI e 73 leitos clínicos para os infectados. Ontem (16), após chamamento público, o município iniciou a negociação para adquirir os leitos do Hospital do Pênfigo, que disponibilizou 15 vagas, 10 de leitos clínicos e 5 de UTI.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o Hospital do Pênfigo foi o único a apresentar proposta para o município em reunião realizada na prefeitura. Essas vagas serão usadas para absorver a demanda de pacientes não COVID do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), que é referência para atendimento de coronavírus. Essa medida serve para desafogar os leitos da unidade, que pode voltar suas equipes para os infectados por COVID. Apesar de oficialmente em tratativa com o hospital, não há previsão de quando os leitos do Pênfigo serão disponibilizados.

Os novos leitos devem seguir os mesmos moldes das contratualizações do município com Proncor, Clínica Campo Grande e El Kadri. Em nota, a Sesau informou que, no dia 19 de março, os hospitais privados apresentaram um preço médio para contratualização de leitos, tanto de UTI quanto clínicos. Ficou acordado o valor de R$ 650 para pagamento da diária do leito clínico e R$ 2,7 mil para a diária da UTI. Esses valores só serão pagos se os leitos forem utilizados.

Conforme a secretaria, atualmente o município conta com 494 leitos contratualizados com hospitais públicos, filantrópicos e privados para atendimento exclusivo de pacientes com COVID-19 e outras síndromes respiratórias.

São 324 leitos clínicos e 170 de UTI, habilitados e distribuídos nas seguintes instituições: 115 leitos clínicos e 78 leitos de UTI no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul); 100 leitos clínicos e 28 de UTI na Santa Casa de Campo Grande; 10 leitos clínicos e 7 de UTI no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian); 20 leitos clínicos e 20 de UTI no Hospital de Câncer Alfredo Abrão; 20 leitos clínicos e 10 de UTI na Clínica Campo Grande; 33 leitos clínicos e 7 de UTI no Hospital El Kadri; e 20 leitos clínicos e 26 de UTI no Hospital Proncor.

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(Texto: Mariana Moreira com Raiane Carneiro/Publicado por João Fernandes)