O PT e o MDB estão iniciando o processo interno para a escolha dos candidatos a prefeito, já que as duas legendas não admitem participar de alianças sem que apresentem o cabeça da chapa, ou seja,sem que tenham candidatos próprios a prefeito em Campo Grande. O PT realizou ontem o primeiro debate dos candidatos a presidente do partido, pano de fundo para a dicussão sobre o lançamento de candidatos a vereador, formação de alianças e a escolha do candidato a prefeito, ao passo que o MDB tem marcada uma reunião da executiva para o dia 23 de setembro (prevista inicialmente para 18), quando deve tomar conhecimento de uma pesquisa encomendada pelo partido e que deve orientar as decisões dos dirigentes.
No Partido dos Trabalhadores, três chapas disputam o diretório municipal, encabeçadas por Ilmas Renato, o ex-BBB “Mamão”, Agamenon do Prado e a Professora Mariuza. No debate realizado ontem os candidatos apresentaram suas propostas e pontos de vista sobre a eleição do ano que vem. É praticamente unânime a decisão de lançar candidato próprio a prefeito e o nome mais lembrado é o do ex-governador Zeca do PT, que também está sendo apontado para presidir o diretório estadual, que será montado depois das convenções municipais de outubro. Mamão, que chegou a ser lembrado também para uma eventual candidatura, reconheceu que o nome que prevalece no partido, neste momento, é o de Zeca.
Já no MDB, com a decisão do ex-governador André Puccinelli de não se apresentar como candidato a prefeito, imitado pela senadora Simone, que prefere disputar a presidência do Senado, o partido tem de
buscar outras alternativas. Atualmente o nome que se apresentou foi o do deputado estadual Marcio Fernandes, mas o partido decidiu só retomar a discussão em torno desse assunto a partir da reunião do dia 23. “Temos nomes e alternativas, mas precisamos conduzir com um mínimo de profissionalismo. Por isso vamos nos valer de pesquisas e das sondagens junto às bases para tomarmos uma decisão, já que o ex-governador Puccinelli não vai entrar na disputa do ano que vem”, afirma o presidente municipal do MDB, Ulisses Rocha. Segundo ele, o partido terá candidato próprio e vai buscar o melhor caminho. “Temos bases expressivas, temos lideranças importrantes. Vamos voltar a crescer”, disse ele.
Assim como o PT, que deixa para depois da eleição do diretório uma definição, o MDB também não deve concluir as consultas na reunião de setembro. Os dois partidos, porém, estão determinados a ter candidatos próprios. Entre eles a diferença também está no fato de que as principais lideranças têm posições diferentes. Enquanto Zeca do PT permite que seu nome esteja entre os pré-candidatos, André Puccinelli, do MDB, já descarta, desde agora, a possibilidade de entrar na disputa. (Guilherme Filho)