Taxistas lotados no ponto 17, referente ao Aeroporto de Campo Grande, têm até o dia 1º de setembro para deixar o local. Após um desencontro de informações, o grupo perdeu a licitação e uma empresa concorrente passa a administrar o transbordo de passageiros a partir do próximo mês. Para garantir a continuidade dos trabalhos, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estuda o remanejamento para outro ponto, que ainda está sendo estudado.
São cerca de 44 carros homologados no ponto do Aeroporto. Com a retirada, uma das possibilidades estudadas é ”dividir” em vários pontos os trabalhadores do local. Segundo o diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno, reuniões estão sendo realizadas e a área para onde os taxistas serão direcionados daqui três dias ainda não foi definido. ”A aérea é da Infraero e como eles [taxistas] não participaram da licitação, a Infraero [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] não renovou contrato e eles terão que sair daquele local. Nós ainda estamos conversando com os taxistas, estamos procurando uma região, possivelmente, pode ser nos arredores do aeroporto”, apontou.
O acesso dos taxistas contínua o mesmo em relação ao desembarque, mas a dificuldade para a categoria vai se manter no momento de receber os passageiros. ”Não existe uma proibição de acesso, qualquer um pode encostar no embarque e desembarque, tanto carro particular, motoristas de aplicativo e agora os taxistas, o que vai ficar mais difícil é que eles não terão mais o ponto, o que prejudica em termos de embarque de passageiros. Mas nós estamos buscando uma solução favorável para todos”, frisou Janine.
Segundo o coordenador dos taxistas do ponto 17, Jucelino Rodrigues dos Santos, a categoria, ao ser informada sobre a existência da licitação, buscou por informações, mas houve a garantia que o processo não se tratava dos táxis. ”Entrei em contato com o titular do contrato, no caso o Sintaxi, e ele informou que não tinha conhecimento [da licitação]. Então ele foi no portal da Infraero e não tinha nada, depois pediu para que eu aguardasse e entrou em contato com superintendente da Infraero, que informou que tinha sido sim publicado matérias sobre transporte no Aeroporto de Campo Grande, porém, não era do táxi e pediu para que ficássemos tranquilos, que assim que saísse a licitação do táxi seriamos avisados”, relatou.
Porém, a licitação se tratava sobre o transbordo de passageiros e sem entrar na disputa, os taxistas perderam o tradicional ponto, onde há 57 anos realizavam os trabalhos. ”Saiu a licitação e ficou como se nós fossemos os desinteressados, mas muito pelo contrário, houve desinformações. Nós, agora, estamos despreparados para nos acomodarmos em outro espaço, pois precisamos ter base, uma certa organização. Como o espaço é da Infraero a outra empresa vai entrar no nosso lugar”, destacou Jucelino.
A reportagem tentou contato com a Infraero, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. (Amanda Amorim, Taynara Foglia e Dayane Medina).