Cinco vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e 19 medalhas. Esse é o saldo do tênis de mesa brasileiro nas disputas individuais dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. Dos 30 integrantes da equipe brasileira, mais de 60% deles subiram ao pódio, nesta primeira parte das competições. Os torneios de equipes começam hoje (25).
As medalhas de ouro, o grande objetivo, já que colocam os mesatenistas nos Jogos de Tóquio. E vieram em cinco classes: SM7, com Paulo Salmin; SF4, com Joyce Oliveira; SF8-10, com Danielle Rauen; SM10, com Carlos Carbinatti e, SM8, com Luiz Filipe Manara.
Família Manara em festa com bicampeonato
A final da classe SM 8 contra Steven Roman, da Costa Rica, foi o jogo mais difícil dos cinco que o paulista Luiz Manara fez até chegar ao bicampeonato. “Nunca tinha estado em um mesmo campeonato que ele. São saques muito eficientes e bolas com muito efeito. Consegui jogar em um nível bem alto que há bastante tempo eu não jogava “, comemora o campeão.
A vitória final por 3 sets a 1 foi acompanhada por um ginásio praticamente lotado na Vila Desportiva Nacional, em Lima.
Em muitos momentos do jogo, só se ouviam gritos e comemoração de um casal. O pai do atleta, Luiz Carlos Manara, e a mãe, Eliana Ester Manara.
“O coração está a mil. A gente acompanha o “Manara” há muito tempo. Estivemos em Toronto, quando ele ganhou dois ouros, nos Jogos do Rio, e agora aqui, em Lima. Foi uma felicidade imensa. Nós somos uma família muito unida, tenho dois filhos. Todo pessoal lá da nossa cidade está torcendo por ele”, diz a mãe, orgulhosa.
“As vitórias são sempre sofridas, no sufoco. Mas nós sabemos que ele sente muito mais tranquilo e confiante com a gente aqui por perto”, completa o pai, Luiz Carlos. “As minhas vitórias, o meu empenho e toda a minha dedicação vão ser sempre para eles; meus pais merecem demais. Talvez até mais do que eu”, agradece o bicampeão, Manara.
Depois do ponto final e da tão esperada vitória, Manara pulou as placas publicitárias e foi direto abraçar os pais, pegar uma bandeira e partir para inflamar a parte da arquibancada que ficou sensibilizada com a garra e dedicação do brasileiro. “É totalmente espontânea a festa. Quando eu ganhei em Toronto já queria muito ter ido lá, abraçar meus pais. Só que, lá naquele no momento, acabou não acontecendo. Mas, hoje, estar aqui, poder abraçar meus pais e fazer essa festa foi demais.”
A mãe do atleta destacou a união dos demais membros da seleção brasileira. “Todos que acabaram ficando pelo caminho no torneio estavam lá e fizeram parte dessa festa.” (Agência Brasil)