Greve do transporte coletivo reduz circulação de consumidores, encarece operação das empresas e afeta vendas às vésperas do Natal
A paralisação do transporte coletivo em Campo Grande, que chegou ao terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (17), já provoca perdas estimadas em cerca de R$10 milhões por dia no comércio da Capital, aponta estimativa da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). O impacto está concentrado, principalmente, na queda do movimento nas lojas e no aumento dos custos para manter funcionários em atividade durante o período que antecede o Natal.
Com mais de 100 mil usuários sem acesso aos ônibus, a circulação de consumidores nas regiões comerciais foi reduzida. Lojas que dependem do atendimento presencial registram menor fluxo ao longo do dia, enquanto trabalhadores comissionados relatam reflexos diretos na renda, em um momento tradicionalmente marcado pelo aumento das vendas com a aproximação das festas de fim de ano.
Além da redução no consumo, empresas de diferentes setores passaram a enfrentar despesas adicionais para garantir o funcionamento das atividades. O levantamento ainda diz que estabelecimentos com maior número de funcionários recorreram à contratação de ônibus e vans para o deslocamento das equipes. No pequeno varejo, comerciantes assumiram o custo de transporte por aplicativo para assegurar a presença de trabalhadores e evitar o fechamento das lojas.
O cenário ocorre em um período considerado estratégico para a economia local. Projeções divulgadas no início do mês indicavam que a maior parte das compras de Natal seria realizada de forma presencial em Campo Grande, com expectativa de movimentação de aproximadamente R$194 milhões. Com a paralisação, esse volume tende a ser afetado pela menor presença de consumidores nas áreas comerciais.
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