Desembargador recomenda retomada parcial da frota para reduzir impactos à população durante a paralisação
A audiência de mediação realizada nesta terça-feira (16) no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul (TRT-MS) terminou sem entendimento entre o Consórcio Guaicurus e os motoristas do transporte coletivo de Campo Grande, que seguem em greve pelo segundo dia consecutivo. A sessão foi conduzida pelo desembargador César Palumbo Fernandes.
Diante dos prejuízos causados pela paralisação à população, César Palumbo Fernandes recomendou a retomada parcial do serviço de transporte público, com funcionamento escalonado da frota ao longo do dia. Pela orientação apresentada, nos horários de maior demanda pela manhã, entre 6h e 8h30, devem circular 70% dos ônibus. No período intermediário, das 8h30 às 17h, a operação deve ocorrer com 50% da frota. Já no pico da tarde e início da noite, entre 17h e 20h, o índice sugerido volta a ser de 70% dos veículos em circulação.
Caso a decisão do TRT-MS não for cumprida pela categoria, será elevada em mais R$ 100 mil a multa aplicada ao Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG). Com isso, o total da penalidade chega a R$ 200 mil.
Durante a audiência, a defesa dos trabalhadores solicitou que a mesma penalidade fosse aplicada ao Consórcio Guaicurus, alegando atraso no pagamento de salários e pedindo tratamento isonômico entre as partes.
Na ocasião, o presidente do consórcio, Themis Oliveira, confirmou que a prefeitura realizou um repasse de R$ 3 milhões na última sexta-feira (12). Ele reconheceu, contudo, que o valor não foi destinado prioritariamente à quitação da parcela salarial em atraso dos motoristas.
Sem avanço nas negociações, os trabalhadores reagiram com risos ao encerramento da sessão e deixaram o plenário sem acordo firmado entre as partes.
*Matéria em atualização
/
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram