Índice divulgado pelo IBGE mostra recuperação após impacto da pandemia e destaca diferença crescente entre homens e mulheres
A expectativa de vida ao nascer no Brasil alcançou 76,6 anos em 2024, segundo a nova Tábua de Mortalidade divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior valor já registrado desde o início da série, em 1940. No ano anterior, o indicador era de 76,4 anos.
O índice representa o número médio de anos que uma pessoa tende a viver caso as condições atuais de mortalidade se mantenham. Em relação aos anos 40, quando o brasileiro nascia com perspectiva de viver 45,5 anos, o avanço acumulado é de 31,1 anos.
A trajetória geral é de crescimento, com exceção dos anos afetados pela covid-19. Em 2019, a expectativa era de 76,2 anos, mas caiu para 74,8 em 2020 e chegou a 72,8 em 2021, o menor nível das últimas décadas.
Evolução recente da expectativa de vida no país
● 2000: 71,1 anos
● 2010: 74,4 anos
● 2019: 76,2 anos
● 2020: 74,8 anos
● 2021: 72,8 anos
● 2022: 75,4 anos
● 2023: 76,4 anos
● 2024: 76,6 anos
No cenário internacional, os maiores índices de longevidade são observados em Mônaco (86,5 anos), San Marino (85,8), Hong Kong (85,6), Japão (84,9) e Coreia do Sul (84,4).
A nova pesquisa também reforça a diferença entre homens e mulheres. Em 2024, elas tiveram expectativa de viver 79,9 anos, enquanto eles chegaram a 73,3 anos — uma distância média de 6,6 anos. O menor intervalo já registrado foi em 1940, com 5,4 anos; o maior ocorreu em 2000, com 7,8.
O estudo apresenta ainda o indicador de sobre mortalidade masculina, que compara o risco de morte entre os sexos. Na faixa etária de 20 a 24 anos, os homens tinham, em 2024, chance 4,1 vezes maior de não alcançar os 25 anos em relação às mulheres.
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