O comércio de bandeiras que movimenta as ruas da cidade tem sido fonte de renda e de novas oportunidades
Com a proximidade da final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, marcada para este sábado (29), as ruas de Campo Grande começam a ganhar novas cores. Ou melhor verde e branco (Palmeiras) e vermelho e preto (Flamengo). Bandeiras, camisetas e faixas dos dois clubes se espalham pelas avenidas, trazidas por vendedores autônomos que aproveitam o aquecimento do mercado esportivo para incrementar a renda.
Para alguns, a data já faz parte do calendário anual de vendas. É o caso de Romenick Batista, que atua há anos no comércio de artigos esportivos. O comerciante, explicou em conversa com a reportagem, que já se preparou com antecedência, reforçando o estoque para o período decisivo. “A gente já estava preparado. Trabalhamos o ano todo, mas agora o foco é só Libertadores”, afirma.
Mesmo com o estoque pronto, Romenick explica que o grande movimento acontece somente às vésperas da final, ou seja, entre hoje (28) e amanhã. “Antes é bem pouquinho. No dia e na véspera que intensifica”, diz. Segundo ele, a procura maior é pelas bandeiras do Flamengo. Os preços variam de R$ 30 a R$ 80, dependendo do item. “A bandeira sai a R$ 80 e a camiseta tem a partir de R$ 30”, detalha.
Já para outros vendedores, o cenário é de oportunidade e novidade. Kel Ferreira decidiu apostar no mercado apenas nesta semana. “Surgiu de uma semana para a outra, do nada. É a primeira vez. Já trabalhei com vendas, mas nunca com isso”, conta. Na quinta-feira (27), o empreendedor concentrou suas vendas em uma das avenidas mais movimentadas da Capital, a Av. Fábio Zahran.
Ainda conforme relato do Ferreira, ele e outros colegas chegaram a montar o ponto em outro local, mas não obtiveram resultado. Mudaram de estratégia e perceberam que o movimento nesta reta final tende a crescer. “Acredito que de amanhã para depois as vendas vão explodir”, afirma, otimista. As bandeiras vendidas por ele custam entre R$ 80 e R$ 120, a variação de preço depende do tamanho.
Apesar das experiências distintas, veteranos e iniciantes compartilham a mesma expectativa que é o aumento nas vendas à medida que a disputa do troféu se aproxima. E com torcedores ansiosos para vestir as cores do seu time, a economia informal ganha força e toma as ruas em ritmo de decisão. (Sobre a competição, leia mais na página B1).
Por Gustavo Nascimento