Após novas investigações, Polícia Civil conclui que morte ocorreu por atropelamento sem intenção de matar e altera registro no sistema Sigo
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou, na manhã desta quarta-feira (12), que o caso da morte de Letícia Araújo, ocorrido em agosto deste ano em Cassilândia, deixou de ser considerado feminicídio. Após o avanço das investigações, ficou comprovado que se tratou de um homicídio culposo na condução de veículo automotor, ou seja, sem intenção de matar.
De acordo com a corporação, o fato já foi alterado no sistema Sigo, o que modificou também a quantidade de feminicídios registrados em 2025 no Estado. Inicialmente, o caso de Letícia havia sido contabilizado como o 22º feminicídio do ano [de 36 casos], mas agora a lista oficial volta a registrar 35 vítimas em Mato Grosso do Sul.
O crime aconteceu na madrugada de 10 de agosto, no bairro Laranjeiras. Conforme o boletim de ocorrência da época, Letícia chegou a ligar para a Polícia Militar pedindo ajuda, mas a ligação foi interrompida. Minutos depois, testemunhas informaram que ela havia sido atropelada por um veículo VW Gol, conduzido por Vitor Ananias, seu companheiro.
Na ocasião, vizinhos relataram que o casal discutia momentos antes do atropelamento e que o homem teria fugido após o ocorrido. Vitor foi preso em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar e, inicialmente, o caso foi investigado como feminicídio, devido à suspeita de motivação ligada à relação afetiva entre vítima e autor.
Com o andamento do inquérito e a análise técnica das provas, os investigadores concluíram que não houve dolo, ou seja, intenção de matar, motivo pelo qual a tipificação foi modificada para homicídio culposo no trânsito.
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