Energia mais barata puxa inflação para baixo em Campo Grande

Foto: Agência Brasil
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Vestuário lidera as altas do mês e educação segue com alta

Segundo o IBGE, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande ficou em -0,08% em outubro. O resultado representa desaceleração em relação a setembro, quando o índice foi de 0,55%. No acumulado do ano, a inflação da Capital soma 2,74% e, em 12 meses, chega a 3,83%, abaixo dos 4,64% registrados anteriormente.

Em nível nacional, o IPCA também perdeu força, passando de 0,48% para 0,09%, o menor resultado para um mês de outubro desde 1998.

Energia elétrica puxa deflação
A queda foi influenciada principalmente pelo grupo Habitação (-0,16%), com destaque para a redução da tarifa de energia elétrica (-0,83%).

A mudança da bandeira vermelha patamar 2 para o patamar 1 reduziu a cobrança adicional de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Outros itens que registraram queda foram o detergente (-1,69%) e o material hidráulico (-1,15%). Em contrapartida, o cimento (1,14%) e o gás de botijão (0,71%) ficaram mais caros.

Transportes e alimentos recuam
O grupo Transportes apresentou queda de 0,59%, com impacto de -0,12 ponto percentual no índice geral. O custo com conserto de automóvel (-2,91%), seguro de veículos (-2,43%) e gasolina (-0,45%) ajudaram a reduzir os preços. Entre as altas, destaque para o táxi (14,34%) e as passagens aéreas (3,71%).

Na alimentação, o índice geral caiu 0,17%. Produtos como arroz (-5,30%), banana-d’água (-3,05%) e frango em pedaços (-1,71%) tiveram redução. Já a batata-inglesa (20,59%), a mandioca (8,16%) e a cebola (6,91%) subiram.

A alimentação fora de casa ficou 0,26% mais cara, com aumento nas refeições e queda nos lanches.

Saúde e cuidados
Após três meses de alta, o grupo Saúde e cuidados pessoais recuou 0,11% em outubro.

Itens como sabonete (-2,70%), maquiagem (-2,59%) e produtos para cabelo (-2,57%) ficaram mais baratos. Já os óculos de grau (2,61%) e consultas médicas (2,05%) subiram.

Vestuário lidera as altas do mês
O grupo Vestuário teve a maior variação positiva, de 1,50%, impulsionado por roupas infantis como vestidos (3,68%) e conjuntos (3,74%). As maiores quedas foram em agasalho feminino (-3,82%) e bermuda infantil (-1,61%).

Artigos de residência subiram 0,19%, com destaque para utensílios para bebê (3,42%) e utensílios de metal (2,91%).

Já Despesas pessoais aumentaram 0,52%, influenciadas por cinema, teatro e concertos (9,28%) e manicure (1,88%).

Educação mantém alta
O grupo Educação registrou alta de 0,12%, o décimo primeiro mês consecutivo de variação positiva. As maiores altas vieram da autoescola (1,79%), dos artigos de papelaria (1,70%) e dos livros não didáticos (0,93%).

Já a Comunicação manteve a tendência de queda, com recuo de 0,33%, influenciado por reduções em serviços de telefonia e internet.

Por Gustavo Nascimento

 

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