Com 34 mulheres mortas até novembro, fevereiro e maio foram os meses mais violentos do ano
Mato Grosso do Sul registra, até o início de novembro, 34 casos de feminicídio em 2025, o que representa uma média de uma mulher morta a cada nove dias. Os crimes ocorreram em 21 municípios, de todas as regiões do Estado.
De acordo com os registros levantados, fevereiro foi o mês mais violento, com cinco casos. Entre as vítimas está a jornalista Vanessa Ricarte, morta em Campo Grande no dia 12. O caso ganhou repercussão nacional após vir à tona que ela havia procurado a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) dias antes do crime, sem conseguir proteção. Em outubro também foram registrados cinco casos, sendo dois na Capital e um em cada uma das três cidades: Paranaíba, Bandeirantes e Três Lagoas.
Maio aparece logo em seguida, com quatro mortes. Em um dos casos, mãe e filha — Vanessa Eugênio Medeiros e Sophie Eugênio Borges — foram assassinadas no mesmo dia, 28 de maio, em Campo Grande. O mês também teve registros em Angélica, Itaquiraí e Cassilândia.
Outro período de alta concentração de crimes ocorreu em agosto. Nesse mês, duas vítimas foram mortas no mesmo dia 8, uma em Cassilândia e outra em Bela Vista, identificada como a paraguaia Dahiana Ferreira Bobadilla, cujo corpo foi encontrado do lado brasileiro da fronteira.
Nos dez meses de 2025, apenas janeiro não teve registros.
Em novembro, duas novas mortes, uma em Jardim e outra em Aparecida do Taboado, ambas no dia 4, elevaram o total para 34 vítimas. O número já se aproxima do total de todo o ano anterior, quando Mato Grosso do Sul contabilizou 35 feminicídios, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
A Polícia Civil mantém investigações abertas em todos os casos e reforça que denúncias de ameaças ou agressões podem ser feitas nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, pelo 190 ou pelo aplicativo MS Digital.
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