Paciente de 55 anos depende do medicamento, que custa cerca de R$ 2 mil por mês, mas fornecimento pelo Estado não começou
Uma paciente de 55 anos, diagnosticada com fibromialgia, ainda não recebeu o medicamento à base de canabidiol que deveria ser fornecido pelo governo de Mato Grosso do Sul. O tratamento foi garantido por decisão da Justiça em segunda instância, mas até agora não saiu do papel.
O remédio, considerado indispensável por médicos que acompanham o caso, custa em torno de R$ 2 mil por mês e está fora do alcance financeiro da paciente. Como o Estado não cumpriu a determinação, a Defensoria Pública pediu nesta semana que a Justiça faça valer a decisão. Caso o impasse continue, também solicitou o bloqueio de recursos públicos para custear a compra.
O laudo médico anexado ao processo indica que o canabidiol deve ser usado de forma contínua, já que as alternativas oferecidas pelo SUS não surtiram efeito. O documento ainda aponta risco de agravamento do quadro clínico e até de morte se o tratamento não for seguido corretamente.
Para os defensores que acompanham a ação, manter a paciente com medicamentos que não apresentam resultados significa submetê-la a sofrimento desnecessário. “Exigir que a assistida continue a fazer uso de medicamentos que são comprovadamente ineficazes para o seu quadro clínico, além de ser contraproducente, representa verdadeira pena de tortura”, afirmou o defensor Nilton Marcelo de Camargo.
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