Com voto de Cármen Lúcia, STF forma maioria para condenar Bolsonaro por organização criminosa

Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Decisão ainda aguarda manifestação do ministro Cristiano Zanin; ex-presidente pode pegar até 43 anos de prisão

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira (11) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pela trama golpista que tentou reverter o resultado das eleições de 2022. O placar chegou a 3 votos a 1 após a ministra Cármen Lúcia se posicionar pela condenação dos réus.

 O ex-presidente poderá enfrentar até 43 anos de prisão, mas o tempo exato de pena só será definido após o julgamento ser concluído.

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, será o último a votar. Em seguida, a Corte entrará na fase da dosimetria, quando será fixada a punição de cada condenado.

A exceção é o caso do deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teve parte das acusações suspensas e responde apenas por organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Nas etapas anteriores, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino também votaram pela condenação. Já Luiz Fux abriu divergência, absolvendo Bolsonaro e cinco aliados, mas reconhecendo a culpa de Mauro Cid e do general Braga Netto, para os quais já há maioria pela condenação.

Réus no processo

     ● Jair Bolsonaro – ex-presidente da República

     ● Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin e deputado federal

     ● Almir Garnier – ex-comandante da Marinha

     ● Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF

     ● Augusto Heleno – ex-ministro do GSI

     ● Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa

     ● Walter Braga Netto – ex-ministro e candidato a vice na chapa de 2022

     ● Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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