Médico acusado de abusos sexuais e erros médicos será julgado pelo Conselho de Ética

Foto: Reprodução
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O médico ginecologista e ex-diretor Salvador Walter Lopes de Arruda, que responde por diversas denúncias envolvendo má conduta profissional, incluindo assédio sexual, estupro e negligência médica, será submetido a julgamento pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) em dez dias. A realização da sessão foi divulgada na edição desta terça-feira (9) do DOU (Diário Oficial da União).

Atualmente, o paradeiro de Salvador é desconhecido, e por isso a audiência será realizada virtualmente, marcada para o dia 19 de setembro, às 19h. O CRM-MS informa que fornecerá suporte técnico para o acesso à plataforma, desde que o pedido seja feito com no mínimo dois dias de antecedência.

Salvador já havia sido convocado anteriormente para prestar esclarecimentos no processo disciplinar aberto em 2021. Desde o início do procedimento, ele era considerado em local ignorado, e sua cassação profissional foi oficializada três anos depois também por meio do DOU.

Em relação ao âmbito criminal, o ex-médico teve sua prisão preventiva determinada em 2020, e no ano seguinte foi incluído em cartazes de procurados pela Polícia Civil. Desde então, é considerado foragido. Em março de 2023, havia um julgamento previsto por acusações de importunação sexual, mas não há informações se foi realizado.

No mês seguinte, em abril, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, concedeu liberdade provisória a Salvador em um dos casos, referente a uma denúncia datada de outubro de 2016, relacionada a violação da dignidade sexual.

Segundo registros, Salvador respondia a pelo menos quatro processos criminais, todos sob sigilo judicial. As acusações se tornaram públicas após o depoimento de uma universitária de 28 anos, que o procurou para atendimento na Associação Santa Rita, localizada no bairro Jardim Monumento, em agosto de 2020.

A jovem relatou à polícia que foi alvo de comportamento abusivo por parte do médico, incluindo comentários ofensivos, toques inadequados e convites indevidos. Ele também teria feito declarações de cunho sexual explícito e contado experiências pessoais de teor íntimo.

Em outro relato registrado na 4ª Delegacia de Polícia das Moreninhas, uma vítima afirma que o médico a abordou com frases agressivamente sexuais, como: “Você deveria transar mais, você é muito gostosa”, revelando um padrão de conduta inapropriada e reiterada.

 

 

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