O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou na noite dessa quinta-feira (4) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), se comprometeu a pautar o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ainda não há, porém, definição sobre datas.
A declaração foi feita após uma reunião de cerca de uma hora entre os dois, realizada na residência oficial da presidência da Câmara, em Brasília. “Ele vai pautar a anistia, mas não vai ser na semana que vem. Deve ser depois do julgamento [no STF]”, disse Sóstenes.
Durante o encontro, também foram discutidos nomes para a relatoria da proposta. O líder do PL não revelou os cotados, mas adiantou que será escolhido um deputado de partido de centro, como União Brasil, PSD, PP ou Republicanos.
Uma nova rodada de negociações está marcada para segunda-feira (8). Na ocasião, Sóstenes pretende apresentar a Hugo Motta um mapa detalhado de votos, indicando o atual nível de apoio à medida entre os parlamentares.
Divergências sobre o alcance da anistia
O líder do PL voltou a criticar a possibilidade de uma “anistia light”, que perdoaria apenas parte dos crimes, deixando de fora o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa é uma hipótese considerada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Segundo Sóstenes, esse tipo de proposta “não interessa” ao partido. Ainda assim, ele admitiu que a oposição está disposta a discutir alguns pontos, como a inelegibilidade de Bolsonaro. Ele sugeriu que essa questão poderia “ser resolvida” no próximo ano, quando o ministro Kassio Nunes Marques assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A discussão sobre a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro deve ganhar força após a conclusão dos julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), que já condenou centenas de investigados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Com informações do SBT News
Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais