Deputada licenciada é ré por porte ilegal de arma e constrangimento; extradição da Itália foi solicitada pelo Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma. O julgamento virtual será concluído nesta sexta-feira (22), com os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux ainda devendo seus votos.
O caso remonta a 2022, quando Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo, após uma troca de provocações em ato político em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições. O relator Gilmar Mendes votou pela condenação, posição seguida por seis ministros do STF. Dois integrantes, Nunes Marques e André Mendonça, apresentaram divergências, propondo absolvição parcial ou penas menores.
Esta é a segunda condenação de Zambelli no Supremo. Em maio, ela deixou o Brasil após receber sentença de 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, ação que gerou a emissão de um mandado falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A parlamentar também foi condenada a pagar R$ 2 milhões em danos coletivos.
As investigações indicam que Zambelli teria sido a autora intelectual do ataque ao CNJ, executado pelo hacker Walter Delgatti, que confirmou ter agido a mando da deputada. Após sua prisão na Itália, o governo brasileiro solicitou oficialmente a extradição, encaminhando o pedido pelo Itamaraty em junho.
*Com informações da Agência Brasil
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