‘Festival D’Água na Peneira’ tem espetáculos e diversão especial para primeira infância

Foto: Rapha Garcia/Divulgação
Foto: Rapha Garcia/Divulgação

Com espetáculos, oficinas e momentos formativos, evento leva programação especial para primeira infância

Quem disse a primeira infância também não pode ser introduzida a cultura e artes? Em setembro, bebês e crianças terão todo um evento dedicado a elas, o ‘Festival D’Água na Peneira – Arte e Cultura para a Primeira Infância’, entre os dias 5 e 7 de setembro, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, de forma gratuita. O evento celebrará a infância em sua forma mais sensível e poética, por meio da arte, do brincar e da convivência.

O festival propõe uma imersão no universo artístico-cultural da primeiríssima infância, reunindo espetáculos, oficinas, vivências e momentos formativos voltados a bebês, crianças pequenas, famílias, professores e agentes culturais. Ele é realizado com recursos da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc) de fomento à cultura da Primeira Infância.

Com uma programação multilinguagem, o Festival tem a intenção de valorizar a poética da primeira infância. De acordo com uma das idealizadoras e proponente do projeto, Giulia Schröder, o D’água na Peneira – Arte e Cultura para a Primeira Infância, volta seu olhar para o bebê e crianças pequenas, numa iniciativa inédita em Campo Grande. “Reconhecemos o bebê e a criança pequena como sujeitos de direitos e, por meio do Festival, iremos ofertar um primeiro contato desses sujeitos com a Cultura, apresentando a eles o teatro, a dança, a música, as artes plásticas, a literatura e muito mais! É um evento completo para toda a família”, diz.

Segundo o Ministério da Saúde, a primeira infância é o período é que abrange os primeiros seis anos completos, sendo o momento de amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos, desenvolvimento da capacidade de aprendizado, iniciação social e afetiva. Schröder enfatiza que movimentos culturais voltados para este ciclo da vida ainda são emergentes no Mato Grosso do Sul, mas com algumas iniciativas já existentes para este público na Capital.

“Mesmo que a produção para a infância, no geral, seja um pouco mais expressiva, para os bebês e crianças pequeninas, nossa cidade ainda está engatinhando! Pensando na carência de oferta, para a enorme demanda, decidimos proporcionar um intercâmbio cultural, convidando artistas e educadores de outros estados brasileiros para criar espaços de diálogo e troca entre a nossa comunidade e outras referências importantes do país”, disse a reportagem do Jornal O Estado.

Experiência

O processo de construir uma programação multilinguagem, que contemple desde bebês até crianças pequenas, surge juntamente com a artista Juliana Daher, elaboradora do projeto e responsável pela Cia. Pé de Moleque, da importância de despertar experiências sensoriais e artísticas nos pequenos, que, em sua maioria, estão no primeiro contato com o mundo da arte e da cultura.

“Também se materializou a partir de uma curadoria bastante criteriosa, para garantir que diferentes expressões fossem contempladas, para variar ao máximo a experiência dos bebês e crianças pequenas. Além disso, eu, como pedagoga, reconheço o déficit formativo em nossa Capital, para a compreensão das necessidades e possibilidades da primeira infância, e considero fundamental que os profissionais da infância, estudantes, professores em formação e famílias tenham contato com um debate qualificado a respeito dessa faixa etária tão específica, além de ampliarem seu repertório para trabalhar com esse público”, pontua Schröder.

De acordo com Daher, a iniciativa surge como um importante espaço de fortalecimento das linguagens artísticas para bebês e crianças da primeira infância, contribuindo com a valorização da Cultura da Infância e fomentando a troca entre artistas, pesquisadores, educadores e famílias.

“No Brasil as iniciativas artísticas e culturais voltadas para os bebês e crianças da primeira infância ainda acontecem em número reduzido e por grupos e artistas pontuais. Em Campo Grande, a Cia D’água na Peneira é um desses grupos com pesquisa e trabalho voltados para a primeira infância. Entre os nomes confirmados para este evento estão Lucilene Silva (SP), Cia Pé de Moleque (MG), Ludmila Yarasukai (MG), Bárbara Flor (MG), Mariana Stocchero (MS), Ciro Brincante (MS) e Trupe Teatro de Brincar (MS)”, conclui.

Foto: Diogo Gonçalves/Divulgação

Programação

Ao longo dos três dias de evento, artistas, educadoras e grupos de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo compartilham suas criações e saberes em atividades que vão de contação de histórias a dança materna, passando por teatro, literatura, música e formação profissional.

Além das apresentações e oficinas, o Festival promove uma exposição de obras de arte criadas por crianças em parceria com escolas públicas de Campo Grande–MS e Belo Horizonte–MG, reforçando o protagonismo das infâncias como produtoras de cultura e pensamento.

“Agosto é o mês da Primeira Infância e outubro é o mês das crianças. Pensamos em fazer o festival em setembro, entre essas duas datas tão importantes, para registrar o MS como um Estado atuante na busca por implementar o Marco Legal da Primeira Infância, que já vai completar 10 anos! Pelo menos na área da cultura, pois sabemos que ainda há muito o que avançar nas políticas para a rede de proteção e para articulação do Sistema de Garantia de Direitos das crianças e adolescentes”, argumenta a idealizadora e proponente.

Foto: Élcio Paraíso – Bendita Conteúdo/Divulgação

Confira a programação completa:

5 de setembro (sexta-feira) – Tema: Gostava mais do vazio do que do cheio

* 14h às 16h – Oficina de Formação: Acalantos e Brincadeiras (Lucilene Silva-SP);

* 19H – Abertura com Peneirinha de Versos (Cia D’água na Peneira – MS);

* 19h30 – Roda de conversa: Poéticas na primeira infância, com participação de Lucilene Silva, Juliana Daher (MG) e Mariana Stocchero, com mediação de Giulia Schröder (MS);

6 de setembro (sábado) – Tema: Do chão e das coisas desimportantes

* 10h – Oficina: Dança Materna para bebês de colo (Ludmila Yarasukai – MG);

* 10h – Vivência literária para bebês e crianças pequenas: Leitura de Colo (Cia Pé de Moleque – MG);

* 11h – Espetáculo Teatral: Tindolelê (Teatro de Brincar -MS);

* 14h – Contação de histórias (Ciro Brincante – MS);

* 15h – Oficina: Dança Materna para bebês caminhantes (Ludmila Yarasuki – MG);

* 16h – Espetáculo musical: Canto de Passarim (Cia Pé de Moleque – MG);

7 de setembro – Tema: Peraltagens

* 10h – Oficina para bebês: Meu livro na ponta dos dedos (Júlia Azeredo – MG);

* 10h – Oficina para crianças: Corpo que risca, história que dança (Bárbara Flor – MG);

* 11h – Oficina: Vivências Musicais (Mariana Stocchero – MS);

* 14h – Teatro de Mamulengos: Eu e tu puxa o rabo do tatu (Bárbaro Flor – MG);

* 15h – Oficina para crianças de 3 a 6 anos: Brincando com palavras (Júlia Azeredo – MG);

* 16h – Encerramento: Brincar Cultural (Cia D’água na Peneira – MS);

Serviço: O Festival D’Água na Peneira – Arte e Cultura para a Primeira Infância acontece nos dias 5, 6 e 7 de setembro no Centro Cultural José Octávio Guizzo, localizado na rua 26 de agosto, 453, Centro, com entrada gratuita. Siga as redes sociais do projeto clicando aqui.

 

Por Carolina Rampi

 

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