O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, esteve em Campo Grande nesta segunda-feira (18), para tratar da manutenção do comando tucano em Mato Grosso do Sul, estado no qual a sigla ainda tem “musculatura”. Após reunião com lideranças da legenda, ficou definido que os deputados federais Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende passam a conduzir o partido a nível regional até a escolha do próximo presidente estadual.
A escolha do próximo presidente estadual do PSDB deverá ser feita em consenso entre os três deputados federais, que terão a missão de preparar a sigla para as eleições de 2026.
O encontro contou com a presença do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja, que se preparam para deixar a legenda. Azambuja deve se filiar até setembro no PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto Riedel também deverá migrar para outra sigla, com grandes probabilidades de ser o PP de Tereza Cristina e Adriane Lopes, mas o anúncio, conforme adiantou, ocorrerá nesta quarta-feira (21).
Diante desse cenário, Perillo ressaltou que a sigla preservará sua força no Estado sob a liderança dos três deputados federais. “Ficou claro que é fundamental a continuidade de todo o projeto e da estrutura partidária que o PSDB tem hoje. Os três deputados federais vão liderar uma nominata para que possamos reeleger os três e, se possível, ampliar a bancada na eleição do ano que vem”, afirmou.
O dirigente tucano destacou ainda que Mato Grosso do Sul tem hoje uma das estruturas mais sólidas do PSDB no país, com cerca de 300 vereadores, mais de 40 prefeitos e parlamentares estaduais de peso. “Essa estrutura partidária robusta ficará sob a liderança deles, com apoio do governador, do ex-governador e da direção nacional. Daremos todas as garantias, com fundo eleitoral e suporte institucional, para que possam seguir conduzindo o partido”, disse.
Os deputados federais confirmaram a permanência no PSDB e reforçaram a união. “Eu pessoalmente tenho um carinho especial para com o PSDB e não gostaria de sair”, declarou Geraldo Resende. Já Beto Pereira frisou que não há possibilidade legal de migração neste momento: “Tanto eu quanto o Geraldo e também o Dagoberto não temos janela, não estamos aptos a mudar de partido. Até março nós vamos ficar lá”.
Os parlamentares que continuarem na sigla contarão com o apoio do fundo eleitoral do PSDB para as eleições de 2026, garantiu o presidente nacional.
Perillo também elogiou a contribuição de Azambuja e Riedel para a consolidação do partido no Estado e deixou aberta a possibilidade de retorno. “Reinaldo e Riedel foram e são fundamentais na história do PSDB. O partido não teria a força que tem hoje sem eles. As portas estarão sempre abertas, porque eles são tucanos de coração, mesmo que em algum momento estejam em outro partido”, declarou.
Além de definir a condução local, o dirigente nacional afirmou que o PSDB segue discutindo possíveis federações partidárias, mas reforçou que o foco imediato é fortalecer as bancadas estaduais e federais. “A prioridade nossa é mais do que dobrar a bancada de deputados federais, eleger senadores e apoiar candidaturas competitivas aos governos estaduais. O PSDB tem uma história e um legado que vamos preservar”, completou. “A preocupação nossa em buscarmos juntos um caminho para o Brasil. Sobretudo na governança, nós temos a convicção de buscarmos um candidato à altura da presidência da República, um candidato que possa encarnar os sentimentos de estados produtores, como é o caso de Mato Grosso do Sul, Goiás e tantos outros”.
Por Carol Chaves
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