Pantanash traz energia de Nashville a Campo Grande com Jonavo e Renato Pacheco
Se o Centro-Oste é conhecido como o berço do sertanejo no Brasil, a cidade de Nashville, capital do estado do Tennessee, nos Estados Unidos, é nomeado como ‘a capital da música country’, sendo o coração e alma do gênero, que, assim como o nosso ‘sertanejo raiz’, evoca imagens da vida do campo. Com essas semelhanças em mente, a Cervejaria Canalhas recebe a primeira edição da ‘Pantanash’, nesta sexta-feira (15), com muito country e folk.
O Pantanash é descrito como a união da música pantaneiro com o melhor da Capital do Country. Além disso, o Folk também tem um espaço especial por na cidade norte-americana, com músicos que valorizam as raízes e a autenticidade do gênero, sendo a música parte da história e do cotidiano da população local, com diversos pontos de estúdios e shows ao vivo.
No evento, o comando fica por conta de Jonavo e Renato Pacheco: artistas da terra que já rodaram o mundo trazendo na bagagem muitas inspirações para o repertório. Uma oportunidade única de vivenciar uma atmosfera que respira a essência de Nashville, com muita música, cultura, tradição e diversão. O evento promete transportar o público para uma verdadeira experiência western.
Para o Jornal O Estado, Jonavo comenta que o cenário musical no Estado possui artistas de grande calibre, o que proporciona a oportunidade de crescimento musical tal qual Nashville.
“Sempre achei a atmosfera musical do Mato Grosso do Sul muito parecida com a atmosfera musical de Nashville, e acho que o estado aqui, a gente é um celeiro de música, tanto de música folk como Almir Sater, Geraldo Roca, Paulo Simões, Família Espíndola e tantas outras pessoas que tem por aqui. E aqui tem muita música boa, não só de folk, de rock, de country e de sertanejo também, que a gente vê tantos artistas, Luan Santana, Michel Teló, João Bosco e Vinícius, Maria Cecília e Rodolfo”, destaca.
“Então aqui, se a gente tiver essa visão de que aqui é um estado e uma cidade musical, a gente pode se aproximar mais desse conceito de Nashville, que é onde estão os grandes estúdios, onde tem muitos artistas nesses segmentos. E eu acredito que são duas cidades parecidas e a ideia é trazer a atmosfera de lá para Campo Grande, mostrando que a gente também tem muita música boa, que também podemos nos inspirar no que eles fizeram para serem uma referência na música do país”, complementa.
Espaço para o folk
Jonavo é campo-grandense, mas rodou o Brasil e o mundo levando e construindo sua música. Traz nas referências musicais muito de Renato Teixeira, Almir Sater, Nando Reis. Recentemente, retornou de uma turnê na Europa, onde se apresentou em Lisboa, Dublin e Londres. E vai trazer para o palco o melhor de Jhonny Cash, Almir Sater, Neil Young e muitos outros gigantes da música Folk nacional e mundial.
“A experiência da turnê na Europa foi incrível, estive lá abrindo o show do Jota Quest em Dublin, Lisboa e Londres. Eu mais levei a música daqui para lá do que trouxe a música de lá para cá, provavelmente as referências virão no próximo trabalho, mas ainda faz parte da revoada acústica essa turnê, então foi muito bacana”, relembra.
Responsável por difundir o folk brasileiro pelo MS e pelo país, Jonavo acredita que o gênero ainda é pouco difundido. “No Brasil, muito dificilmente as pessoas sabem o que é o folk. E lá fora é um mercado consolidado. É um estilo que as pessoas sabem, que vem do minimalismo, que tem uma raiz do country, mas também dialoga com o rock, com outros segmentos, que tem uma poesia muito colocada. A palavra na música folk é muito importante. A narrativa”, reforça.
Ao idealizar o Pantanash, o artista também quis abrir espaço para essa sonoridade no cenário local. “Todo mundo sabe o que é country, mas a ideia de fazer o Pantanash é também mostrar para as pessoas que a gente tem aqui essa música, que a gente tem esse tipo de som e que ele já existe”, diz. Mais do que um show, ele vê o evento como uma ação de valorização e reconhecimento: “É mais também uma forma de conscientizar as pessoas de que esse estilo é nosso”.
Para Jonavo, a essência de Nashville está diretamente ligada à música e à celebração. “A atmosfera de Nashville, ela é uma atmosfera de muita música. Tem uma avenida lá que chama Broadway, que ela tem, sei lá, 35 bares de um lado e 35 do outro, com músicas acontecendo de manhã até de madrugada. Acho que eles fecham por poucas horas no dia”, descreve, lembrando da intensidade cultural da cidade norte-americana.
Na apresentação do Pantanash, o artista quer transportar o público para essa experiência única. “Aqui a gente quer trazer essa coisa das luzes, essa coisa dessa atmosfera musical, do barbecue, dessa cultura que é uma cultura do interior, mas que também é levada para uma celebração de festa”, explica. Para ele, o evento será uma oportunidade de sentir o clima vibrante que faz de Nashville um ícone do Country e do Folk.
Tem country também
O Country fica por conta de Renato Pacheco, que dedica sua carreira ao Country Pantaneiro, como ele mesmo gosta de intitular. Para o palco, vai trazer o ritmo também misturando músicas nacionais ao estilo. Prepare-se para ouvir muito de Alan Jackson, Garth Brooks, Bruno e Marrone, entre outros grandes nomes do Country. Renato já morou na Nova Zelândia e tem no sangue a paixão pelas melodias que unem o Sertanejo ao Country e fazem de sua música ainda mais personalizada.
E a experiência será completa: além do tradicional cardápio de cervejas da cervejaria, terá costelinha ao barbecue e hambúrguer com carne assada direto na parrilla. “O público pode esperar um churrasco típico americano, pode esperar uma decoração inspirada em Nashville, para as pessoas se sentirem mesmo num bar de Nashville, a gente está aqui preparando o cenário, e uma boa cerveja, que a cervejaria Canalhas tem, e também a música que a gente está preparando para deixar essa experiência ainda mais completa”, finaliza Jonavo.
Serviço: O Pantanash será realizado nesta sexta-feira (15), às 19h, na Cervejaria Canalhas, na Rua Oceano Atlântico, 99, Chácara Cachoeira. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla.
Por Carolina Rampi
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