SES recomenda que pessoas com sintomas como febre e manchas avermelhadas na pele procurem atendimento médico
Após 7 anos sem registrar mortes por sarampo e confirmar 14 casos entre 2019 e 2025, a SES/MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul) informou que está investigando cinco possíveis casos da doença no Estado. Recentemente, a pasta realizou o Dia D de vacinação contra o sarampo em Corumbá, município que faz fronteira com a Bolívia, país onde a incidência da doença está em alta.
No último sábado (2), foi registrado o primeiro caso da doença viral no Paraguai, país que também divide a fronteira com o Brasil nos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. O paciente é um menino de cinco anos, morador do distrito de Santa Rosa, que não tinha recebido a vacina. Diante da confirmação, a SES ressalta a importância da prevenção e imunização contra a doença.
A secretaria ainda reforçou que, entre 2024 e 2025, não houve qualquer confirmação de sarampo em MS, contudo, a população ainda precisa ficar atenta na prevenção e no aparecimento de sintomas relacionados à doença.
“A Secretaria reforça a importância da atualização do cartão de vacinação e alerta que qualquer pessoa com sintomas como febre, manchas avermelhadas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar uma unidade de saúde imediatamente”, informou em nota.
Para manter o status de território livre de sarampo, certificação conquistada em 2024, após uma alta histórica no registro da doença, entre 2018 e 2022, especialmente pela falta de vacinação. O diretor da DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunização), Éder Gatti, esteve em Mato Grosso do Sul para capacitar os servidores da Saúde em relação à doença.
“Temos mais de 7 mil casos na parte norte das Américas e agora vemos uma ascensão na Bolívia, então, invariavelmente, pessoas com a doença podem entrar no nosso país e precisamos estar preparados”, destacou Gatti, à época.
A gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, Jakeline Miranda Fonseca, reforça que o Governo de MS está somando esforços com o Ministério da Saúde para manter o estado livre da doença.
“Atualmente temos 20 casos suspeitos que foram descartados e cinco que ainda estão em investigação, todos acompanhados conforme protocolos de vigilância epidemiológica. Diante do avanço da doença nos países vizinhos, a SES passou a integrar reuniões semanais com o Programa Nacional de Imunização e Vigilância Epidemiológica, coordenado pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de alinhar estratégias de contenção, especialmente nas áreas de fronteira. Nós não temos casos confirmados em Mato Grosso do Sul e queremos manter esse status, por isso é tão importante vacinar quem está em áreas de estratégias e aumentar a cobertura vacinal em toda a população”, concluiu.
Por Ana Clara Santos
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