A Justiça de Camapuã decidiu manter em liberdade Simiona Ojeda, mãe da bebê Ísis, que morreu após sofrer maus-tratos e abuso sexual.
A decisão, assinada pelo juiz Daniel Foletto Geller, indeferiu o pedido de prisão preventiva feito pelo MPMS (Ministério Público de Mato
Grosso do Sul).
Simiona foi denunciada por omissão diante da violência praticada contra a filha, que teria sido abusada sexualmente e morta pelo pai, Igor Silva de Souza, já preso preventivamente.
Conforme a denúncia, a mãe teria se mantido conivente com os abusos, expondo a filha a situação de risco.
No entanto, o juiz avaliou que, apesar da gravidade dos crimes, não há indícios suficientes de que Simiona tenha consentido ou presenciado os abusos sexuais. Um dos trechos da decisão destaca: “Os elementos informativos coligidos aos autos revelam apenas indícios de possível crime de maus-tratos, todavia, neste momento processual, é temerário falar-se em conivência/anuência da representada/genitora com os abusos sexuais.”
A ré, que agora reside em uma fazenda na zona rural de Camapuã, segue respondendo ao processo em liberdade. O magistrado entendeu que não há risco de fuga nem ameaça à ordem
pública.
Por Suelen Menezes