Os preços dos medicamentos encerraram o primeiro semestre de 2025 com alta de 3,59%, superando a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 2,99%. É o que revela um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a healthtech Bionexo.
O aumento foi puxado, principalmente, pelo encarecimento de medicamentos hospitalares, especialmente de grupos terapêuticos como imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, que registraram uma alta expressiva de 20,07% nos primeiros seis meses do ano. Em seguida, aparecem os remédios voltados ao aparelho geniturinário (+5,55%), preparados hormonais (+5,51%), medicamentos para o sistema respiratório (+1,66%) e agentes antineoplásicos (+1,63%).
De acordo com Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, a elevação nos preços já era esperada em razão da sazonalidade do setor, mas fatores macroeconômicos também influenciaram o cenário. “É possível mencionar o movimento de apreciação da moeda brasileira frente ao dólar americano nos últimos meses, bem como o arrefecimento de diversos preços no Brasil e no mundo”, afirmou.
Apesar da alta no semestre, os dados apontam uma desaceleração no ritmo de crescimento dos preços nos últimos 12 meses. O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) subiu 2,72% no período encerrado em junho. A variação é menor do que a registrada nos 12 meses encerrados em abril (+5,03%) e em maio (+3,84%).
Os resultados reforçam a importância do monitoramento constante dos custos no setor de saúde, sobretudo em tempos de instabilidade econômica e câmbio volátil, que impactam diretamente a cadeia de produção e distribuição de medicamentos no país.
Com informações do SBT News
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