Maioria dos beneficiários ainda não resgatou os recursos, que em grabde parte são de baixo valor; Banco Central alerta para golpes
Em maio, os brasileiros recuperaram R$ 315 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central. Apesar do volume expressivo, ainda há cerca de R$ 10,1 bilhões disponíveis para saque no Sistema de Valores a Receber (SVR).
Desde que foi lançado, o sistema já devolveu R$ 10,7 bilhões a mais de 31 milhões de correntistas, sendo quase 28,5 milhões de pessoas físicas e 2,8 milhões de empresas. Mesmo assim, quase 48,2 milhões de beneficiários ainda não retiraram os valores que lhes são devidos. A maioria tem direito a quantias pequenas: 62,8% podem sacar até R$ 10; outros 25% têm direito a valores entre R$ 10 e R$ 100.
O SVR permite que qualquer cidadão consulte se tem dinheiro a receber de contas encerradas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcio ou recursos esquecidos em instituições como bancos, cooperativas e corretoras. A consulta é gratuita e pode ser feita apenas com CPF e data de nascimento (ou CNPJ, no caso de empresas). Para solicitar o resgate, é necessário ter conta Gov.br com nível prata ou ouro e verificação em duas etapas.
Desde maio, o sistema também conta com uma nova funcionalidade: a solicitação automática. Com ela, quem tiver uma chave Pix do tipo CPF e aderir ao serviço pode receber automaticamente os valores que surgirem em seu nome, sem necessidade de nova consulta.
Para herdeiros e representantes legais de pessoas falecidas ou empresas encerradas, também é possível fazer o resgate, mediante assinatura de termo de responsabilidade.
O Banco Central reforça que não cobra pelo serviço e não envia links ou mensagens solicitando dados pessoais. Golpistas têm se aproveitado da popularidade do SVR para aplicar fraudes, oferecendo suposta intermediação de saques. O órgão lembra que nenhum dado ou senha deve ser fornecido a terceiros e que apenas a instituição financeira indicada na consulta pode entrar em contato com o cidadão.
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