O nome da senadora Tereza Cristina (PP-MS) voltou a circular com força nos bastidores da política nacional como a principal aposta para compor a chapa presidencial da direita em 2026. A ex-ministra da Agricultura é cotada para ser vice em uma possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem ganhado protagonismo como herdeiro político do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível.
A articulação em torno de Tereza Cristina ganhou um novo capítulo neste fim de semana, com o avanço das conversas entre líderes do Centrão. A negociação é conduzida por nomes estratégicos, entre eles o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que teria sinalizado diretamente à senadora que ela deve estar “preparada” para a missão, segundo fontes ouvidas pela reportagem.
“Sinto-me honrada por ter meu nome cogitado para tão nobre cargo, mas não comentarei especulações que se repetem com certa frequência na imprensa sobre o ainda distante cenário eleitoral de 2026”, afirmou Tereza Cristina, em tom cauteloso, apesar da crescente movimentação política.
Aliança ampla para vencer no 1º turno
A formação da chapa com Tarcísio e Tereza Cristina tem como objetivo construir uma frente nacional da direita, com apoio de siglas como PP, Republicanos, MDB, PSD e parte do PL, mirando uma vitória já no primeiro turno. O projeto teria como principal fiador o próprio Bolsonaro, que estaria atuando para consolidar Tarcísio como seu sucessor natural na disputa ao Planalto.
Tereza Cristina é vista como um nome estratégico dentro dessa composição: tem forte respaldo no agronegócio, mantém diálogo aberto com diferentes partidos da centro-direita e é considerada uma liderança de perfil negociador e moderado, qualidades que equilibrariam o tom mais ideológico de Tarcísio e facilitariam articulações com o Congresso Nacional.
Embora o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tenha sido cogitado para compor uma chapa com Tarcísio, lideranças da direita hoje consideram mais vantajoso que ela concorra ao Senado pelo Distrito Federal, onde as pesquisas indicam ampla vantagem. A escolha estratégica busca ampliar a base bolsonarista no Congresso, uma das prioridades do ex-presidente.
Caso não haja consenso entre os partidos do bloco de centro-direita, o PP já cogita lançar uma candidatura própria à Presidência, na qual Tereza Cristina também seria o nome natural. Essa alternativa ganhou ainda mais força com o avanço das negociações para a formação de uma superfederação entre PP e União Brasil.
Nome técnico com apelo político
Para aliados, Tereza Cristina reúne atributos técnicos e políticos que agradam tanto a base bolsonarista quanto setores mais moderados da direita institucional. Ex-ministra da Agricultura, ela foi uma das principais gestoras do governo Bolsonaro, é respeitada no Congresso e tem potencial para atrair votos em diferentes regiões do país.
Além disso, sua presença na chapa tende a ser bem recebida por setores do mercado e do agro, importantes para consolidar a viabilidade política e econômica de um projeto de governo conservador para 2026. As próximas semanas devem ser decisivas para a consolidação da aliança e o início das articulações mais formais rumo ao pleito.
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