Jerry Espíndola comemora 60 anos com show especial no Campão Cultural

Foto: Divulgação
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Show celebra carreira de artista, com participações especiais e som regional

Aos 60 anos de vida, com 42 anos de trajetória consolidada na música de Mato Grosso do Sul, Jerry Espindola prepara uma apresentação especial nesta sexta-feira (28), na 3ª edição do Campão Cultural – Festival de Arte, Diversidade e Cidadania de 2025. O show promete revisitar sua carreira e reafirmar sua identidade artística, marcada pela fusão de ritmos e influências regionais.

Caçula da família Espindola, o talento e a arte correm no sangue. Foi seguindo os paços dos irmãos mais velhos que Jerry começou na vida artística e se mudou para São Paulo, no final dos anos 70. Foi lá que montou a banda Incontroláveis, com disco gravado na década de 1980.

De volta as terras pantaneiras, em 2000, Jerry lança o álbum solo ‘Pop Pantanal’, onde apresentou ao mundo a estética de influência paraguaia da polca-rock, que marca até hoje o trabalho do artista. A primeira composição de Jerry na linha da polca-rock é Colisão, que ele e Ciro Pinheiro, outro integrante dos Incontroláveis, fizeram em 1985.

Agora, ele acumula 12 álbuns lançados, mais de 140 músicas gravadas, parcerias com artistas de renome como Ney Matogrosso, Paulinho Moska e Zélia Duncan. Em 2008 ele recebeu o ‘Prêmio de Composição Popular’, pela Funarte (Fundação Nacional de Artes); Jerry também possui forte atuação na área de produção cultural, participando da organização de eventos e também da Associação de Músicos do Pantanal.

“O show vai ser um momento incrível! Estou no ano em que me torno sexagenário e neste show vou comemorar oficialmente os meus 60 anos! Fico feliz de estar no mesmo palco com artistas da nova geração, o duo Vozmecê e a Renata Sena, e no meu show vai rolar participações especias que vou deixar de surpresa para o público”, destacou em conversa com o Jornal o Estado.

Com décadas de carreira e agora se tornando referência para novos artistas, Jerry revela que o sentimento é de alegria ao pensar na trajetória artística. “A polca-rock se tornou uma marca do meu trabalho, e é um ritmo genuinamente sul-mato-grossense. Como compositor minha maior alegria foi ter uma canção gravada pelo Ney Matogrosso, realizei um sonho”.

O show

Nesta sexta-feira (28) a Praça do Rádio será tomada de muita música regional. Além de Jerry, subirá ao palco a cantora Renata Sena e o duo Vozmecê, apresentando um espetáculo de ritmos regionais.
Com um repertório tão extenso, Jerry irá mesclar entre suas próprias composições e novos sons de MS. “Será um mergulho na minha obra, escolhi canções importantes de cada um dos álbuns que lancei, formando assim um mosaico musical que atravessa quatro décadas”, explica. “No show também canto músicas de autores da nova geração como O JOGO VAI VIRAR, de Xaras Gabriel e Vinil Moraes, e UEL de André Stabile”.

Para Jerry, que já realizou projetos com nomes ‘mais novos’ como Ju Souc e Bela Rio, entende que o cenário musical de Mato Grosso do Sul surge para romper divisas e fronteiras. “Acho que vivemos um momento muito rico musicalmente, e eu particularmente acompanho tudo que posso de perto, considero nossa música uma das melhores do Brasil, tanto que artista como Marina Peralta e Brô Mcs já são nomes nacionais, e ainda temos artistas virtuosos da geração mais nova chegando para romper divisas e fronteiras, como a Marcela Mar, que tem apenas 18 anos”, destacou.

“Neste show, que estarei acompanhando por Sandro Moreno (bateria e percussão), Rodrigo Teixeira (baixo) e Gabriel de Andrade (guitarra), vamos mostrar a polca-rock, a guarânia reggae, e canções que fizeram sucesso aqui no MS, como Meu Vício”.

O cantor ainda bate o martelo: com 60 anos, o que importa é o agora e os planos não são a longo prazo. “Este ano estarei lançando um álbum com 12 músicas que nunca gravei pela Lei Paulo Gustavo, e vou continuar fazendo o meu show com banda, que é o que eu mais gosto. Não faço planos mais, já tô com 60, prefiro pensar no que estou fazendo hoje”, finaliza.

Parceiria

O duo Vozmecê, formado por Namaria Schneider e Pedro Fattori já possuem parceria com Jerry Espindola em seu primeiro álbum de estúdio, ‘Tropicapolca’, com mistura de ritmos, histórias e vivências sobre suas experiências nômades. Uma das influências musicais do duo é justamente a polca-rock, gênero disseminado por Jerry. Sobre o show no Campão Cultural, Fattori enfatiza a miscigenação sonora proposta.

“Vamos dividir o palco com o Jerry e com a Renata Sena. É muito legal pensar que a gente estará trazendo ali três expressões artísticas bastante autenticas, em cada vertente dentro da musical regional de Campo Grande e Mato Grosso do Sul”, destacou.

“Nos sentimos muito felizes e honrados em dividir o palco com dois artistas que admiramos o trabalho. O Jerry foi uma grande influência para nós na questão do polca-rock e nos novos hibridismos musicais desenvolvidos no Estado. Será um dia de perpetuação da música regional, num palco que é bastante significativo para a nossa Capital”, complementa.

O Vozmecê participará pela terceira vez do Festival, inaugurando nova fase do duo. “Para nós é uma grande alegria estar participando desse festival e desejamos que ele se perpetue, que se firme cada vez mais, e cresça também nas próximas edições”, finalizou o artista.

Serviço: Jerry Espindola, Vozmecê e Renata Sena se apresentarão nesta sexta-feira (28), a partir das 18h, na Praça do Rádio, de forma gratuita.

 

Por Carolina Rampi

 

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