Um bebê, de apenas 1 mês e 29 dias, morreu de coqueluche em Campo Grande. A informação foi divulgada pela Cievs (Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), por meio de um comunicado de risco emitida à imprensa nessa sexta-feira (28).
Segundo o documento, o recém-nascido deu entrada na Clínica da Família em 10 de fevereiro, no entanto, o caso só foi notificado como suspeita de coqueluche no dia 17.
Conforme ainda o comunicado, a criança passou por diversos atendimentos médicos antes de morrer, devido a complicações respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia. Após exames, o diagnóstico foi confirmado no dia 21 pelo Lacen (Laboratório Central).
O órgão também informa que, devido à idade, a criança ainda não havia recebido as vacinas necessárias para a imunização.
Dez anos sem mortes
Conforme dados do painel epidemiológico do Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul não registrava mortes por Coqueluche desde o ano de 2014.
No ano passado, foram registrados nove casos da doença na Capital e 75 em todo o Estado, mas não houve mortes.
Coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. A principal característica são crises de tosse seca e pode atingir, também, traqueia e bronquios.
As crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, podem levar à morte.
A contaminação é por meio de gotículas eliminadas pela tosse, fala, espirro e ocorre ainda por meio de objetos contaminados pela secreção do doente.
Os principais sintomas são febre, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa e frequente evoluindo para crises de tosse incontroláveis e rápidas que podem causar vômitos.
É necessário ter uma atenção especial para bebês menores de 6 meses, já que são mais propensos a ter as formas graves da doença.