O governo brasileiro recebeu da GACC (Administração-Geral de Aduanas da China) duas notificações, informando sobre a detecção de não conformidades encontradas em carregamentos de soja exportadas por unidades de cinco empresas brasileiras, sendo que três delas tem atuação em Mato Grosso do Sul. Segundo a Forbes, as empresa são são a C. Vale Cooperativa, ADM Brasil e Cargill Agrícola.
Em nota divulgada nessa quarta-feira (22), o MAPA (Ministério de Agricultura e Pecuária) informou que a exportação das unidades notificadas das cinco empresas foram suspensas temporariamente e que já está em curso as ações para avaliação dos casos. “A suspensão temporária das unidades das empresas foi comunicada previamente pela GACC ao lado brasileiro, demonstrando confiança no sistema de inspeção brasileiro e na robustez do trabalho realizado pelo governo brasileiro e pelos exportadores.”
Entretanto, o ministério reforçou que outras unidades das empresas notificadas, incluindo a Terra Roxa Comércio de Cereais e a Olam Brasil, seguem exportando normalmente para a China, sendo as suspensões válidas apenas para as cinco unidades oficialmente notificadas. E que os volumes negociados pelo Brasil não serão afetados em função desta suspensão temporária destas cinco unidades notificadas.
Ainda conforme a pasta federal, assim como no Brasil, a China realiza monitoramentos de rotina nos produtos importados, quando foi detectada a presença de soja com revestimento de pesticidas e de pragas quarentenárias nos carregamentos avaliados pelas autoridades chinesas.
“O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que o intercâmbio de informações sobre os resultados dos monitoramentos de produtos importados entre Brasil e China faz parte da rotina das ações de fiscalização, destacando os sólidos canais de comunicação, transparência e confiança existentes entre os dois países”, dizia trecho da nota.
Exportação
A soja é o principal produto da exportação brasileira e a China é o maior comprador do mundo. No ano passado, a China importou mais de 74 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil.
Rafaela Alves