Vereador Papy acredita que deverá haver debate ideológico e divergência no legislativo
Eleito presidente da Câmara Municipal de Campo Grande para os próximos dois anos, o vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, Papy (PSDB), tem a missão de coordenar a Casa de Leis que possui neste mandato, 12 bandeiras representadas, e adiantou a possibilidade de ‘super bancadas’, o que pode alterar a relação de poder no legislativo.
No entanto, assunto ainda é prematuro, e o presidente se diz ansioso para ver o desenrolar ao longo do ano. “Nós temos 12 partidos hoje representados em 29 parlamentares. Se você tiver três, quatro que se ajuntam, a gente vai ter super bancadas. Mas eu entendo que a questão da bancada, para o Parlamento Municipal, na questão do dia a dia, de votação e posicionamento, eles influenciam menos do que quando a gente pensa no deputado federal”.
Mesmo assim, o presidente não descarta o debate ideológico e a divergência na Câmara Municipal no dia a dia. “E isso é natural que vai acontecer por conta da democracia. Mas quando a gente fala de Casa, de coletivo, de instituição, nós estamos bem firmados que é um caminho só.”
Já sobre possível mudança de partido ou fusão entre o PSDB e o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, Papy lembrou que o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) são seus líderes. “Como um bom liderado, a gente vai ouvir a intenção deles, a orientação deles, para então, junto com a base, com as pessoas que eu também tenho como conselheiros, fazer uma decisão. Não tenho pensamento de sair do PSDB, não tinha pensado a respeito disso. Mas, hoje, o meu líder político é o Eduardo Riedel, junto ao ex-governador Reinaldo Azambuja, são pessoas que eu garanto que farão grande influência nas minhas próximas decisões”.
Relação com Executivo
No decorrer do mandato e durante sua condução na presidência, Papy reafirma boa relação com o Executivo e ressalta a importância de separar a política do pessoal. “É uma relação institucionalizada, principalmente. Ter uma amizade com o Executivo não significa que isso vai facilitar alguma coisa na Câmara e ter inimizade com o Executivo pessoalmente falando não significa que ele vai ter dificuldade no Legislativo, porque a relação, quanto menos pessoal ela for, melhor é para a população de Campo Grande porque o nosso trabalho aqui é enquanto Poder Legislativo”, destacou.
Além do Executivo Municipal, o vereador Papy e os demais parlamentares também estreiam laços com a bancada federal, o resultado projetado é a melhor aplicação de emendas vindas de Brasília. Para concretizar a participação da Câmara Municipal nessa medida, uma reunião será realizada em 27 de janeiro, na Casa de Leis, com a presença de deputados federais e senadores.
Os vereadores já tiveram encontros com a senadora Soraya Thronicke, coordenadora da Bancada Federal de Mato Grosso do Sul, a senadora Tereza Cristina e o senador Nelsinho Trad. Também estiveram na Câmara, a deputada federal Camila Jara, os deputados federais Vander Loubet, Beto Pereira e Rodolfo Nogueira.
Por serem os representantes mais próximos da comunidade, os vereadores ganharam destaque com relação à participação nas emendas. “Todos foram muito gentis, demonstraram interesse em conversar com o Parlamento Municipal, em fazer este vínculo com a Câmara, o que é muito importante para eficiência das ações”, afirmou o vereador Papy, presidente da Casa de Leis.
O objetivo é que os vereadores possam apontar coletivamente obras relevantes, que beneficiem a sociedade, para aplicação das emendas de bancada.
Por Carol Chaves
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram