Com protagonismo feminino, animação baseada na obra de J.R.R. Tolkien, chega aos cinemas cheia de expectativas
O universo criado por J.R.R. Tolkien, já tinha muitos fãs quando estava ainda nas páginas de O Senhor dos Anéis, O Hobbit, Contos Inacabados e O Silmarillion. Mas foi com a chegada da trilogia de Peter Jackson nos cinemas que o mundo inteiro passou a conhecer de fato quem era Frodo, Gandalf, Sauron e onde ficava o Condado ou Rohan e Mordor.
Hoje vemos a obra de Tolkien consolidada e em crescente ascensão, seja com a segunda trilogia feita por Jackson, expandindo a história de O Hobbit, seja pelos jogos de videogame lançados ou pela série do Prime Video, Os Anéis de Poder. A Warner já anunciou que vai continuar expandindo essas histórias no cinema, incluindo um filme sobre Gollum, que deverá ter a volta de Aragorn e Gandalf.
E para delírio dos fãs chega hoje aos cinemas “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim”, animação dirigida por Kenji Kamiyama, que vai mostrar o destino do lendário rei de Rohan, Helm Hammerhand. Philippa Boyens, parte da equipe de roteiristas da trilogia original, será consultora no filme e nada menos que Peter Jackson na produção-executiva.
Ambientado 183 anos antes dos eventos narrados na trilogia original de filmes, “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” conta o destino da Casa de Helm Martelo de Pedra, o lendário Rei de Rohan. Um ataque repentino de Wulf, um astuto e implacável senhor Dunlending que busca vingança pela morte de seu pai, força Helm e seu povo a fazer uma ousada última resistência na antiga fortaleza do Hornburg—uma poderosa fortaleza que mais tarde será conhecida como a Fortaleza de Helm. Encontrando-se em uma situação cada vez mais desesperadora, Hera, a filha de Helm, deve reunir a vontade para liderar a resistência contra um inimigo mortal determinado a sua completa destruição.
Ligação com O Senhor dos Anéis
Helm Hammerhead foi mencionado por J.R.R. Tolkien nos apêndices dos livros, mas sua história nunca foi detalhada. No filme, veremos Helm, Hera e seu povo montando uma última linha de defesa na fortaleza de Hornburg em meio aos ataques de Wulf, um lorde Dunlending. A história se passa 183 anos antes dos eventos da trilogia de O Senhor dos Anéis e, pelo nome do rei, podemos perceber algo familiar, principalmente em As Duas Torres: o Abismo de Helm.
Apesar de usar como base as obras escritas por J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim é tratada pela Warner Bros. como uma história prévia aos filmes dirigidos por Peter Jackson. Isso justifica não somente a opção por usar Éowyn como uma narradora, mas também possíveis referências às interpretações únicas que o cinema trouxe desse universo.
A Guerra dos Rohirrim baseia-se amplamente nos apêndices dos romances de O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien, enriquecendo a história e os personagens criados por Tolkien para expandir o mundo da Terra-média. Mas o filme explora muito mais do que o próprio Tolkien jamais fez e procura se manter fiel aos livros e deixando claro que faz parte do universo adaptado por Peter Jackson, inclusive com cenas de “As Duas Torres” no início do trailer.
“Nos apêndices de onde a história é tirada, temos esses personagens masculinos bastante interessantes e então temos essa jovem personagem feminina que nunca é nomeada — e isso foi realmente interessante para mim. Sabemos que Helm tem uma filha, e sabemos que ela foi central para o conflito que ocorreu. Mas eu, e especialmente a roteirista Phoebe Gittins, fomos atraídas por ela. Podíamos sentir o peso de ser essa filha sem nome, o que imediatamente despertou nosso interesse: Quem era ela? Como ela vivia?” disse a produtora Philippa Boyens em uma entrevista à People Magazine.
Estilo anime e grandes expectativas
Kamiyama aposta no estilo de animação para criar uma experiência visual impressionante. “É uma imagem dramatizada, para o grande público, incluindo adultos, não apenas para um público mais jovem”, comenta o diretor. Já Boyens, em entrevista, revela que os fãs podem esperar sequências de ação grandiosas e alguns easter eggs que apenas os mais atentos irão reconhecer.
A produção traz um elenco estelar que incorpora a essência dos personagens de Tolkien. Brian Cox, reconhecido por seu papel em Succession, empresta sua voz a Helm Hammerhand. Gaia Wise assume o papel de Héra, enquanto Luke Pasqualino interpreta o vilão Wulf. A narrativa será conduzida pela voz icônica de Miranda Otto, que retorna como Éowyn, a escudeira de Rohan. Em um toque especial, o falecido Christopher Lee também será ouvido novamente na voz de Saruman, mantendo viva sua associação com a franquia.
A expectativa e entusiasmo em torno do filme são imensas. Com uma direção de arte impressionante e um roteiro fascinante, Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrim promete expandir o legado de uma das sagas mais queridas da literatura e do cinema.
Crítica especializada
Alguns membros da imprensa, como o CloneWeb, admitiram que choraram ao assistir à prévia do filme. “Estou secando as lágrimas dos meus olhos, estou limpando todas essas páginas de anotações e estou lhes dizendo, ‘O Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrim’ está em muito boas mãos. Este é um belo 2D de novos desenhos de John Howe e Alan Lee. É Rohan completa e a história, baseada em três parágrafos, é protagonizada por uma jovem, Hera, filha de Helm Hammerhead [eu acho que deveria ser ‘Hammerhand’.]”
O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim está em cartaz em todos os cinemas e a classificação indicativa é para maiores de 14 Anos.
Marcelo Rezende
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram