O senador e astronauta Marcos Pontes (PL-SP) lançou na terça-feira (29) sua candidatura à presidência do Senado, contrariando o posicionamento de seu partido e a indicação de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao senador Davi Alcolumbre (União-AP). A decisão de Pontes marca um movimento independente em um cenário político já aquecido para a eleição da mesa diretora.
Em discurso no plenário, Pontes declarou que o Brasil vive “um tempo de mudanças” e manifestou o desejo de representar a vontade de brasileiros que, segundo ele, buscam “o retorno do país à sua normalidade”. O senador também reconheceu que pode não contar com o apoio formal dos partidos, incluindo o seu próprio, o PL, mas afirmou que a falta de apoio não o desanima. “Em todas as minhas batalhas, desde o sonho de ser selecionado pela Nasa e ir ao espaço até a minha eleição para o Senado, com a maior votação do país inteiro, eu sempre fui o vencedor improvável”, disse Pontes, em uma referência às conquistas de sua trajetória.
No mesmo dia do anúncio de Pontes, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no Senado e reforçou que o apoio atual do partido é para Davi Alcolumbre. Embora tenha afirmado que cabe às bancadas decidir o voto, Bolsonaro elogiou Alcolumbre, indicando-o como “forte” e com potencial para liderar o Senado no futuro.
A candidatura de Pontes, ainda que improvável, representa um novo cenário de disputa pela presidência da Casa e levanta questões sobre os rumos de alianças políticas no Senado. O senador, que carrega a experiência de ser o primeiro brasileiro a ir ao espaço, utiliza sua narrativa de “vencedor improvável” como motivação e se apresenta como uma alternativa para quem deseja mudanças na política nacional.
A decisão pode trazer implicações para o alinhamento do PL no Congresso e demonstra que a corrida pela presidência do Senado já começa a movimentar intensamente os bastidores da política brasileira.
Com informações do SBT News
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