Na mesma semana em que foi destituído da presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), onde permaneceu por 28 anos, Francisco Cezário de Oliveira foi liberado do monitoramento por tornozeleira eletrônica. O cartola, de 78 anos, foi preso em maio durante a operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), por suspeita de envolvimento no desvio de R$ 6 milhões.
A investigação apura desvios de recursos repassados à FFMS pelo governo estadual e pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Cezário foi preso em 21 de maio e, em 6 de junho, teve a prisão substituída por monitoramento eletrônico, com prazo de 90 dias. Esse prazo terminou em 23 de setembro. Conforme decisão publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (18), “não mais subsistem os motivos para o monitoramento eletrônico”, e o cartola foi liberado da tornozeleira.
Cezário também enfrentou a perda de seu cargo na FFMS. Em assembleia extraordinária realizada na última segunda-feira (14), representantes de clubes profissionais, ligas amadoras e membros da entidade votaram pela destituição do dirigente, com 19 votos a favor e 12 contra. A decisão encerra uma era de quase três décadas de sua liderança à frente da federação.
Atualmente, a entidade está sendo administrada interinamente até a eleição do novo presidente, marcada para o dia 1º de novembro. Cezário, que foi uma figura central no futebol do Mato Grosso do Sul, agora enfrenta o desafio de se defender das acusações de corrupção, enquanto o futebol sul-mato-grossense se prepara para um novo ciclo de liderança.
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