O aumento de casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul reforça a importância de manter a caderneta de vacinação em dia. Mesmo com medidas para evitar a infecção pelo vírus, a melhor estratégia para se proteger é estar vacinado. Dados do Boletim Epidemiológico da mostram que, na última semana, o Estado registrou 757 novos casos com um total de 116 óbitos.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que 82,39% dos residentes em Campo Grande tomaram as duas doses da vacina monovalente contra a covid-19, o que corresponde a 734 mil. Ao todo 219 pessoas de um total de 891 mil 132 residentes na Capital, 49,8% tomaram as 3 doses da vacina e 18,1% (444.501 habitantes) tomaram as 4 doses da vacina (161.281 habitantes).
Segundo a gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Lívia Mello, ao contrário de outros vírus respiratórios, como a Influenza, que circula com maior intensidade em alguns meses do ano (períodos sazonais), a covid-19 não se restringe a períodos específicos e seu controle está diretamente ligado à imunização da população.
“A circulação viral do Saes-cov-2 e de outros vírus respiratórios continua, juntamente com o surgimento frequente de novas variantes. Precisamos manter a vacinação em dia e continuar tomando os cuidados necessários para evitar que a situação epidemiológica se torne um cenário novamente negativo”, alerta a gerente.
“Lá atrás, no auge da pandemia, nós reforçávamos os cuidados básicos, como a higienização das mãos, o uso de álcool em gel e até mesmo o distanciamento em relação a casos positivos. Esses cuidados se perderam com o tempo, mas permanecem sendo medidas muito eficazes quando aliadas à imunização”, reforça.
Os dados da alta de casos podem estar diretamente relacionados à queda na procura pelo reforço da imunização com cepas atualizadas. “A falsa sensação de segurança das pessoas que tomaram uma ou duas doses e não completaram o esquema vacinal pode ser a oportunidade para o vírus voltar a se instalar em nosso meio”, explica.
Ela ainda ressalta que idosos e pessoas que vivem com comorbidades são o principal grupo de risco em razão da baixa imunidade e das doenças crônicas, por isso há a necessidade de vacinação periódica com doses atualizadas para a cepa XBB.1.5, variante que confere proteção às formas circulantes do vírus neste momento.
Conforme definido pelo PNI, a vacina está disponível para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (calendário vacinal) e para os grupos prioritários (pessoas com 5 anos ou mais) que têm maior vulnerabilidade ou condições que aumentam o risco para formas graves da doença, como pessoas em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores do sistema de privação de liberdade, jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
Por Thays Schneider