Estáticas indicam para quase 60 mil novos moradores na Capital até 2030
Nesta sexta-feira (13), o Sinduscon/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul) durante coletiva de imprensa divulgou o Censo Imobiliário de Campo Grande, apresentando os resultados dos indicadores referentes ao segundo trimestre de 2024. Durante o evento, o sindicato disponibilizou dados atualizados sobre o mercado imobiliário da Capital, incluindo informações sobre lançamentos e vendas, análise do mercado residencial, estoques disponíveis das incorporadoras e programas de habitação.
A coletiva integra o evento de lançamento do primeiro Estudo do Mercado Imobiliário da Capital do Mato Grosso do Sul e tem como objetivo criar um perfil censitário do setor imobiliário na cidade, além de dar início ao monitoramento contínuo dos indicadores, incorporando os dados da capital aos indicadores nacionais.
Estiveram presentes na coletiva o Vice-presidente do Sinduscon-MS, Kleber Luiz Recalde; Celso Petrucci, Economista-chefe do Secovi-SP e coordenador do Projeto de Indicadores Imobiliários Nacionais da CBIC; e Marcos Kahtalian, Fundador da Brain Inteligência Estratégica, que foi responsável pela elaboração da pesquisa e pela consolidação dos indicadores.
Durante a coletiva, o Fundador da Brain Inteligência Estratégica, Marcos Kahtalian, explicou que com base nos dados do censo IBGE 2022 e ao alto crescimento vegetativo de famílias, a capital de Mato Grosso do Sul deve possuir uma média de 44 mil novos domicílios até o ano de 2030.
“O número de novos moradores na cidade, pelo crescimento demográfico, chega a quase 60 mil novos moradores na cidade até 2030, isso vai exigir um esforço do mercado imobiliário. Vai exigir um esforço também do lado da construção civil, pois na falta de imóvel para essas famílias, elas vão resolver alugar, elas morarão aqui em Campo Grande, porém sem possuir o imóvel próprio.” Atualmente na Capital, cerca de 72 mil famílias moram de aluguel, representado cerca de 21% da população do município.
Imóveis mais elevados
Os dados disponibilizados, apontaram que durante este trimestre houve uma redução no número de unidades, porém o valor geral de vendas apontam que a procura pelas residências foram de empreendimentos de padrão sociais mais elevados. Em relação a mão de obra no setor da construção civil, o economista Celso Petrucci afirmou que o estado tem se mobilizado a promover a integração de novos funcionários no mercado de trabalho.
“No caso de Mato Grosso do Sul, a última PNAD Contínua indicou uma taxa de desemprego muito baixa, de 3.8%, então MS está entre os estados com a menor taxa de desemprego, então naturalmente isso vai refletir para a construção civil e para os outros segmentos. O Estado está com a economia aquecida, por isso tem esse grau de pleno emprego”.
As estatísticas apontam que Campo Grande vem lançando de R$ 220 milhões em produtos imobiliários nos últimos três trimestres, somando casas residenciais e apartamentos. Ao ano, a cidade está movimentando cerca de R$ 1,5 Bi em venda de residenciais e apartamentos. O economista Celso Petrucci relatou que a disponibilidade social na cidade está abaixo dos níveis esperados. “A cidade no agregado lançou 13.592 unidades e tem só 1.825 a venda, portanto tem uma disponibilidade bastante baixa. Com a cidade movimentando o comércio imobiliário, apresenta que os consumidores da cidade estão adquirindo residências mais rápido que a velocidade de reposição de lançamento.
Por João Buchara
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.