Cesta Básica: “Um sobe outro desce”, café e leite apresentam aumento e queda em seus preços

FOTO: MARCOS MALUF
FOTO: MARCOS MALUF

Caixinha da bebida ficou 3,62% mais barato para o consumidor campo-grandense, já o café saiu a 3,38%

Um vem aumentando seus preços há cinco meses seguidos, e o outro apresentou queda para o consumidor desde agosto. Estamos falando de uma das bebidas mais amada pelos brasileiros – café e leite. Em Campo Grande, o pacote de café com 500 g (Três Corações) é vendido em média por R$ 22,84, já o litro do leite (Italac) custa em torno dos R$ 5,50. Os dados refletem na pesquisa de preço realizada semanalmente pelo jornal O Estado, em seis supermercados.

O preço do café é comercializado pelo mesmo valor em quase todos supermercados visitados nesta sexta-feira (06), com uma diferença de apenas 2,18% de um local para o outro, nas prateleiras o produto é vendido entre R$ 22,50 (Assaí) e 22,99 (Nunes). Enquanto, o leite de caixinha custa entre R$ 4,99 (Assaí, Comper e Fort) e R$ 6,39 (Nunes), resultando uma variação de preço de 28,06%.

Entre julho e agosto o café subiu 3,38% em Campo Grande, segundo o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e o leite ficou 3,62% mais em conta. Nova baixa no preço da bebida repercutiu no preço do derivado, que interrompeu as altas notadas até então. O preço da Manteiga (-3,30%) apresentou preço médio de R$ 13,82 em embalagens de 200 gramas.

Ainda de acordo com a pesquisa do jornal, a variação de preço para o pacote de arroz de 5 kg é de 16% entre os comércios, os valores variam de R$ 24,99 (Nunes) e R$ 28,99 (Atacadão), em média o campo-grandense paga R$ 26,27 no alimento. Já o feijão de 1 kg é vendido em torno dos R$ 6,00 os valores encontrados pela reportagem oscilaram de R$ 5,49 à R$ 6,85. A variação de preço calculada é de 24,77%. Na seção de hortifruti a batata inglesa custa em média R$ 6,78, o preço mais em conta coletado foi R$ 5,45 e o mais caro foi R$ 7,99 o quilo.

5ª cesta básica mais cara

Custando R$ 714,60 a capital sul-mato-grossense tem a quinta cesta básica mais cara do Brasil, de acordo com o levantamento mensal do Dieese referente a agosto. Ficando atrás de São Paulo (R$ 786,35), Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82). No mês que abre o segundo semestre do ano, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica em Campo Grande foi de 114 horas e 50 minutos, redução de 1 hora e 51 minutos na comparação com o mês de Junho. Em Julho de 2023, quando a jornada foi de 116 horas e 23 minutos, houve redução em 01 hora e 33 minutos neste ano.

O comprometimento do salário mínimo líquido, para aquisição de uma cesta básica apresentou nova redução, dessa vez em 1,72 ponto percentual. O percentual registrado em agosto foi de 54,71%, contra 56,43% apontado em Julho. Em 12 meses, quando o salário mínimo líquido estava em R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 56,65%.

Em relação ao comportamento dos alimentos, a batata (-29,04%) registrou a queda mais expressiva após um quadrimestre de altas. O tubérculo, com preço médio de R$ 3,98 do quilo em agosto de 2023, foi encontrado ao preço médio de R$ 7,21 no mesmo mês deste ano. Em 12 meses, a variação ainda é significativa: 81,16%. No caso do tomate (-6,96%), agosto marcou um trimestre de retração de preços do fruto, o que também foi observado ao longo de 12 meses: (-27,89%).

Ainda entre os matinais, o pãozinho francês (-0,06%) registrou discretíssima queda na comparação entre os meses de agosto e julho, apesar da alta no preço do principal insumo, a farinha de trigo (1,80%). Enquanto o cereal acumula queda em doze meses, o derivado registra alta de 1,83%. Preços de feijão carioquinha (-2,58%), carne bovina (-2,47%) e óleo de soja (-0,58%) reverteram as altas observadas em julho. Na comparação com agosto de 2023, somente a carne apresentou retração (-2,66%).

Por Suzi Jarde

 

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