BR-163 é liberada após rompimento de barragem com sistema “pare e siga”

Foto: Antônio de Almeida
Foto: Antônio de Almeida

O trecho do km-500 da BR-163, em Jaraguari, já foi liberado para o trânsito de veículos, mas a concessionária CCR MSVia, responsável pela administração da rodovia, alerta os condutores a trafegarem com atenção redobrada. A rodovia foi tomada por lama na manhã de terça-feira (20) após o rompimento da barragem da represa do Nasa Park, um empreendimento de luxo na região.

Na manhã desta quarta-feira (21), a faixa para quem segue em direção a Jaraguari foi liberada. No sentido contrário, que leva à Capital, parte do asfalto desmoronou, mas o trânsito flui por outra faixa disponível. Em ambos os sentidos, o sistema de Pare e Siga está em operação.

“A ação permite que o trânsito flua de maneira controlada, alternando entre os sentidos norte e sul, enquanto uma das faixas permanece interditada para os trabalhos de avaliação e reparo da pista”, informou a assessoria da CCR MSVia.

Os motoristas estão sendo informados sobre a situação do local por meio de painéis de mensagens variáveis, tanto fixos quanto móveis, além de avisos nas praças de pedágio e pela equipe de operação na pista.

Ainda de acordo com a com Arrison Szesz, gerente de operações da CCR MS Via, os trabalhos evoluíram principalmente com relação a sinalização e estabilização da parte de taludo e da pista. Entretanto, durante os trabalhos, ocorreu uma queda da pista norte, mas de acordo como gerente, era algo esperado.

“Era previsto, por isso fechamos a pista, que está liberada somente com um sentido. Agora estamos na fase de estabilização da pista. Fizemos avaliações a previsão, é de que em no máximo 15 dias, a pista esteja 100% recuperada para a parte do tráfego. Depois a gente segue com o acostamento, e outras intervenções do taludo e que demora mais que 15 dias”, explicou.

O rompimento da barragem ocorreu na manhã de ontem, e as causas ainda estão sendo investigadas. A força da água atingiu imóveis na região e chegou até a rodovia, transformando o que era um paraíso particular de proprietários de mansões de veraneio, localizado a cerca de 30 km de Campo Grande, em um cenário de lama e destruição.

As equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, técnicos do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e a perícia da Polícia Civil foram mobilizadas para levantar os dados necessários às investigações oficiais. O governo do Estado emitiu nota assegurando que todas as medidas estão sendo tomadas para conter, avaliar e reconstruir as áreas impactadas pelo rompimento.

O tenente-coronel Fábio Pereira, do Corpo de Bombeiros, informou em entrevista que o Nasa Park não possui certificado de vistoria da corporação. Em resposta, a administração do loteamento afirmou que opera conforme a lei. “É importante destacar que o Nasa Park opera em conformidade com todas as normas e regulamentos vigentes. Ao ser concebido, o projeto teve manifestações favoráveis do Imasul, incluindo o projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros e os certificados ambientais devidamente validados”, declarou a administração.

 

Com informações do repórter Antônio de Almeida

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