Estado tem 29,5 mil endereços sem numeração, o que acaba dificultando trabalho de entregas
Em Mato Grosso Sul cresce o número de condomínios e chega a ter mais de 90,5 mil residências, de acordo com o levantamento do CNEFE (Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos) para o do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme a pesquisa, o Estado tem 164,6 mil casas e 76,3 mil apartamentos. Desses, 90.541 endereços estão situados em arranjos condominiais. Para facilitar os trabalhos de entregas de compras on-line ou até mesmo entregas de dívidas, os entregadores contam com auxílio da tecnologia que indica onde fica localizado bloco, andar, fundo entre outros.
Segundo o CNEFE, no Censo Demográfico 2022, em Mato Grosso do Sul foram contabilizados 1,2 milhão de domicílios particulares e 3 mil domicílios coletivos (hospitais, presídios, hotéis, onde haja moradores fixos). Entre os estabelecimentos, foram registrados 76.139 agropecuários, 2.648 comerciais, 3.709 relacionados à saúde e 8.156 estabelecimentos religiosos. Também foram contabilizados mais de 42 mil imóveis em construção ou em reforma.
Segundo o coordenador do CEReS (Centro de Estudos Regionais e Socioambientais) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marcelino Andrade, o Estado possui microrregiões que mais cresceram em número de população, que são Dourados, Três Lagoas e Campo Grande. Esse crescimento explica a escolha das pessoas pelos condomínios.
“A migração pode ser um elemento de demanda por novas moradias também. Se você pagar os dados do último censo, vai ver que a população no MS cresceu na média, mais que a população brasileira, no período. Mas ela cresceu mais nessas três regiões do Estado”, destaca.
Brasil ganhou 34 milhões de novos endereços- O trabalho do Censo 2022, por exemplo, teve início com uma lista prévia de 89.327.652 endereços. Destes, 81,5% foram confirmados e 18,5% foram excluídos durante a coleta, que ainda acrescentou 33.992.241 novos endereços ao CNEFE.
Além dos novos endereços, boa parte deles está sem número, cerca de 29 mil só em Mato Grosso do Sul, o que dificulta o trabalho de entregas. Segundo o entregador Valdir Mendes, de 33 anos, ele trabalha em uma transportadora há dois anos em Campo Grande e revela que perde até 20 minutos procurando endereço sem número.
Por Thays Schneider
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