Em meio a especulação de preços pelo Mercosul, Governo Federal adia compra de 104 mil toneladas de arroz

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

O Governo Federal vai zerar a tarifa de importação de arroz. A medida tem o objetivo de evitar que a oferta nacional do produto seja comprometida pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional. A diligência foi aprovada em reunião do Comitê Executivo de Gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no início desta semana.

O Rio Grande do Sul é o líder nacional na produção de arroz. Segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), já foram colhidos 82,9% das lavouras, deixando aproximadamente 150 mil hectares ainda por colher. O órgão, ligado ao governo gaúcho, destaca que a região central do estado é a mais impactada pelas enchentes, com apenas 62% da área colhida, o que representa cerca de 45 mil hectares ainda a serem colhidos.

A proposta engloba dois tipos de arroz não parboilizados e um tipo de arroz polido/brunido, que são os tipos mais comuns nos mercados brasileiros. A redução será mantida até 31 de dezembro deste ano, podendo ter seu período de vigência reavaliado.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) publicou na última quarta-feira (15) o edital de compra de cerca de 104 mil toneladas de arroz importado. A compra em leilão previsto para esta terça-feira (21) foi adiada em meio à especulação de preços pelo Mercosul, que aumentaram seus valores em pelo menos 30%.

Em nota, a Conab oficializou o adiamento do leilão e comunicou que “a data de realização será publicada oportunamente”. Essa é a primeira fase do programa, no qual o Ministério da Agricultura terá R$ 416 milhões para aquisição do arroz e R$ 100 milhões para as despesas de equalização de preços para a venda do grão.

Segundo um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, houve a perda de parte da produção no Rio Grande do Sul que ainda está no campo. Isso ocorreu devido às inundações que atingiram silos e armazéns. Além disso, o escoamento da produção tem encontrado problemas de logística devido aos problemas causados pelas fortes chuvas nas rodovias do Estado.

Por Ana Krasnievicz

 

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