Servidores do HU iniciam greve e protestam por melhoria salarial

Foto: Reprodução/CG News
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Funcionários das áreas administrativa e técnica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HU), em Campo Grande iniciaram uma greve pedindo melhores condições salariais. O movimento, que começou com um grupo de aproximadamente 40 pessoas, instalou uma tenda no pátio do hospital, logo após a guarita de acesso, como símbolo de sua reivindicação.

Os grevistas estão exigindo uma revisão na proposta salarial apresentada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que ficou em 2,15%, abaixo da inflação, a qual está na casa dos 4% nos últimos doze meses. Entre as demandas salariais, está a elevação do tíquete alimentação, que passaria de R$ 14 para R$ 15 por dia. O HU é um dos 42 hospitais universitários administrados pela Ebserh.

Em entrevista ao site Campo Grande News, Wesley Cassio Goully, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares no Mato Grosso do Sul (Sindserh-MS), explicou que a greve foi organizada com a intenção de minimizar os impactos nos serviços de saúde, priorizando áreas onde não há risco direto à vida dos pacientes. Ele detalhou que 50% da área administrativa e 50% das áreas de enfermaria aderiram à paralisação, enquanto setores críticos, como CTI, UTI e obstetrícia, mantiveram 70% do efetivo em funcionamento.

Embora haja preocupação com a situação da saúde pública em Campo Grande, especialmente diante do decreto de emergência por surto de doenças respiratórias, os servidores estão firmes em sua posição pela valorização salarial. Goully ressaltou a necessidade de o governo entender a importância desse pleito.

Para manter a visibilidade do movimento, os grevistas planejam transferir a tenda do pátio para a calçada em frente ao HU. Apesar da mobilização dos funcionários, a movimentação de pacientes e familiares ocorria normalmente dentro do hospital durante a manhã.

Goully alertou que, caso não haja avanço nas negociações, outras medidas de protesto poderão ser adotadas. Entre elas, está a possibilidade de fechamento de leitos não prioritários e a paralisação de cirurgias não emergenciais. Essas medidas, porém, só serão implementadas caso não haja uma resposta satisfatória do governo às demandas dos trabalhadores da saúde.

 

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