TransCine está de volta com quatro sessões gratuitas em maio na Capital

Foto: Amanda Ferreira
Foto: Amanda Ferreira

Durante todo o mês de maio, o TransCine – Cinema em Trânsito, trará uma experiência cinematográfica única para quatro localidades distintas em Campo Grande através do seu projeto “Circula CG”. Uma iniciativa que visa não só entreter, mas também promover reflexão e integração cultural em um formato acessível a todos.

As exibições acontecerão gratuitamente todas as quintas-feiras do mês de maio, a partir das 18h30, em quatro bairros da cidade, do Jardim Nhanhá à Associação Familiar Comunidade Negra São João Batista, passando pelo Instituto Livres e pelo Campo de Futebol do Jardim Colúmbia, o cinema estará presente para entreter os espectadores.

Com uma seleção diversificada de filmes, cada sessão terá aproximadamente 50 minutos de duração, proporcionando uma experiência cinematográfica por meio de obras como: “As Invenções de Akins”, “A Menina e a Árvore”, “Cinzas do Pantanal”, “O Kunumi e o Curupira” e “Criação do Homem e da Mulher”.

Mariana Sena, produtora audiovisual e uma das idealizadoras do TransCine, ressalta a importância de levar o cinema diretamente às comunidades, afirmando que é uma missão que a equipe realiza há mais de uma década. “Queremos proporcionar momentos de diversão e reflexão através dos filmes que exibimos, enquanto promovemos a integração e o acesso à cultura para todos”, destaca.

Esta imersão será especialmente voltada para as crianças, mas aberta a todas as idades, com um intérprete de Libras disponível em todas as sessões para garantir acessibilidade a todos os participantes. Além disso, pipoca e refrigerante serão distribuídos para completar a vivência do cinema.

Lucas Arruda, um dos idealizadores do projeto, enfatiza a importância da edição “Circula CG” como uma oportunidade única para celebrar a arte do cinema e divulgar os talentos locais. “Esperamos que esta jornada cinematográfica encante e cative todos os espectadores”, declara.

Sobre o projeto

O TransCine não é apenas um projeto passageiro, mas uma iniciativa que cresceu ao longo dos anos, expandindo sua missão para além da exibição de filmes próprios. Catia Santos e Mariana Sena, integrantes essenciais desde o início, testemunharam o desenvolvimento do TransCine ao longo dos anos. Juntamente com alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a equipe se dedica voluntariamente a promover o acesso ao cinema em áreas onde ele é escasso.

Mariana destaca sobre a importância do projeto ao longo dos 11 anos de existência e relembra como foi a iniciativa para a criação do Transcine. “Estamos nessa há onze anos, batalhando para mostrar os cinemas, para levar cinema onde não tem. E quando surgiu a ideia de trazer para os bairros Nhanhá e locais mais isolados, foi nisso, nessa necessidade de mostrar o cinema para as pessoas que não têm o privilégio de assistir filmes e ter acesso a essa arte do cinema”, afirmou.

Apesar dos desafios enfrentados para obter apoio governamental ao longo dos anos, a equipe do TransCine continua firme em sua missão de levar o cinema a áreas periféricas, comunidades quilombolas e aldeias indígenas, demonstrando a importância do seu trabalho e seu compromisso com a inclusão cultural.

“Esse projeto é uma aproximação da arte para as pessoas mais carentes. Então, somos um cinema itinerante, vamos onde o cinema não está. Nós não fomos às áreas rurais. Quem quiser ajudar, participar, é bem-vindo, porque envolve montagem, curadoria, edição…tudo que envolve essa parte de eventos de um cinema. Toda ajuda é bem-vinda. Mas é isso, é uma rede, são colaboradores”, destaca Mariana.

Pedro Arruda (10), estudante da Rede Fundamental de Ensino, esteve na última edição da TransCine em comemoração ao dia Nacional da Animação no bairro Jardim Nhanhá em outubro de 2023 e comenta que foi a primeira vez que assistiu a um filme em formato de cinema.

“É muito legal eventos como esse, sempre tem bastante criança. Foi a primeira vez que fui em um evento de cinema. A gente conhece muitas crianças que estão nas ruas da minha idade, então aproveitamos para chamar elas para vir para cá, comer pipoca e assistir filmes”, finaliza o estudante.

Programação:

2 de maio – quinta-feira
Núcleo Humanitário da Nhanhá, Rua do Comércio, 149, Jardim Nhanhá. A partir das 18h30.
9 de maio – quinta-feira
Associação Familiar Comunidade Negra São João Batista, Rua Barão de Limeira, 1750, Pioneiros. A partir das 18h30.
16 de maio – quinta-feira
Instituto Projeto Livres, Rua Quincas Vieira, 300, Parque Residencial Iracy Coelho Netto. A partir das 18h30.
23 de maio – quinta-feira
Campo de Futebol Jardim Colúmbia, Rua Pindaré, 561 Jardim Colúmbia. A partir das 18h30.

O projeto Circula CG é possível graças ao recurso da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura, por meio do edital da Secretaria de Cultura e Turismo de Campo Grande (Sectur), instituição vinculada à Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG). Se você deseja saber mais sobre o projeto, acompanhe o Instagram do cineclube @transcinecg.

Por Amanda Ferreira

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