Servidores coagiram engenheiro a falsificar notas fiscais em Sidrolândia

Marcos Maluf
Marcos Maluf

Denuncia cita construção de estrada de R$ 6 milhões que nunca foi concluída

Operação Tromper, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), continua mostrando irregularidades em licitações de obras na prefeitura de Sidrolândia.

Documento que jornal O Estado teve acesso mostra que a construção de uma estrada vicinal na região do Capão Bonito em Sidrolândia custou cerca de R$6.096.856,37.

A denúncia mostra que a obra não foi finalização conforme previa o contrato. Além disso, pouco menos de 1 mês após o fim da execução das obras, os moradores da região do Capão Bonito 1 fizeram denúncias ao legislativo Municipal, fundamentando que as estradas estavam impossíveis de escoar os grãos da região, causando atolamento dos caminhões que ali trafegavam.

No mesmo sentido, em janeiro de 2023, exatamente na época em que as obras haviam sido executadas, o Vereador Enelvo Junior compareceu na Estrada da Laguna não havia sinalizações permanentes, tampouco revestimento primário nas estradas.

No depoimento do Jonatas Kachorroski, engenheiro e fiscal da obra, o mesmo informou que foi executado a obra no trecho do Capão Bonito I, mas não soube informar a região. Segundo ele foram instalados seis placas de sinalização.

“Se eu não me engano são 6 placas (de sinalização permanente) no capão bonito I, trecho II, 8 na Laguna, na extensão, se não me falha memória 2 metros quadrados se eu não me engano, no total, somatória”, diz o documento.

Entretanto, conforme inspeção realizada pelos membros da CPI, em visita in loco no assentamento Capão Bonito I e II, não foi verificada a instalação de placas de sinalização permanente.

Em um trecho da conversar receptada pelo Gaeco mostra que Kachorroski, engenheiro, responsável pela construção da estrada vicinal era pressionado por Tiago Basso e Roger a fazer para emitir notas falsas. “Amanhã cedinho cara nós vamos apertar o Kachorroski para ele poder autorizar a primeira medição. Poder emitir a primeira nota, tá… fica tranquilo, vamos agilizar isso aí amanhã”, trecho da conversa entre Tiago e Roger.

Porém, onze dias úteis após a data da homologação do certame, o denunciado Carmo Name Júnior envia mensagens para Tiago Basso informando que foi autorizado o primeiro pagamento para a empresa Maxilaine (Master Blocos), compra de bancos de concretos no valor de R$19,751 mil.

 

Por Thays Schneider

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